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O Governo Federal deu início, nesta segunda-feira (24/11), à operação nacional do Gás do Povo, um programa que assegura a recarga gratuita do botijão de gás de cozinha (GLP 13 kg) para famílias em situação de vulnerabilidade social e baixa renda.

Nesta etapa inaugural, a iniciativa alcançará cerca de 1 milhão de famílias em 10 capitais brasileiras. As cidades contempladas são: São Paulo (SP); Salvador (BA); Fortaleza (CE); Recife (PE); Belém (PA); Belo Horizonte (MG); Goiânia (GO); Teresina (PI); Natal (RN); e Porto Alegre (RS).

Com o começo da expansão desta nova política federal, a estimativa é que o Gás do Povo beneficie mais de 15 milhões de famílias até o mês de março de 2026.

Novas diretrizes do programa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou a criação do novo programa em 4 de setembro, por meio da assinatura de uma Medida Provisória (MP), que o estabeleceu em substituição ao antigo Auxílio Gás.

Na modelagem anterior, o Auxílio Gás concedia um subsídio financeiro de R$ 108 para auxiliar no custo do botijão, beneficiando aproximadamente 5 milhões de famílias. Este valor era determinado pela média nacional de preços, calculada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

No entanto, em diversos estados, o preço médio do gás girava em torno de R$ 140 — um valor superior ao montante fornecido pelo subsídio anterior. Com a mudança, o beneficiário passa a ter a possibilidade de retirar o botijão de gás diretamente nas distribuidoras credenciadas. Essa alteração visa eliminar os riscos de desvio e garantir que o benefício seja utilizado exclusivamente para a aquisição do gás de cozinha.

Funcionamento do Gás do Povo

A operação do programa é organizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). Para realizar a retirada do botijão, o usuário deve apresentar um dos seguintes documentos: o cartão do Bolsa Família, o cartão de débito da Caixa Econômica Federal ou o CPF acompanhado de um código enviado por SMS. Com isso, o beneficiário recebe a recarga sem precisar efetuar qualquer pagamento adicional.

Cada núcleo familiar tem direito a um número anual de botijões, que é determinado pelo tamanho do grupo familiar:

Famílias compostas por 2 ou 3 pessoas podem retirar até quatro recargas por ano.
Famílias com quatro ou mais integrantes podem receber até seis recargas anuais.

A fase piloto do programa começou de forma escalonada, com a distribuição inicial em dez capitais. O benefício cobre o valor integral do botijão, baseando-se nos preços de referência que são estabelecidos por uma portaria interministerial.

Todo o programa é financiado por recursos do orçamento público. A previsão de gastos é de R$ 3,57 bilhões para o ano de 2025 e de R$ 5,1 bilhões para 2026, com a meta de contemplar até 15,5 milhões de famílias até março de 2026.