28 de novembro de 2025
Operação Contenção mira depósito de gás do Comando Vermelho
Compartilhe:

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu, nesta sexta-feira (28), mandados de busca e apreensão em um depósito de gás no Rio de Janeiro, vinculado ao Comando Vermelho. Cerca de 700 botijões de gás foram apreendidos no depósito localizado no Complexo do Lins.

As investigações apontam que a facção impunha o monopólio do fornecimento de gás na região, vendendo os botijões pelo triplo do valor de mercado. Nesta fase, a operação busca as fontes de renda da organização criminosa. Além do gás, a polícia aponta para clonagem de veículos roubados, roubo de cargas, comércio de drogas e cobrança de taxas dos moradores e comerciantes.

“No curso da apuração, uma concessionária confirmou que seus técnicos foram ameaçados e impedidos de entrar na localidade para restabelecer o fornecimento. Além disso, diversas distribuidoras relataram que não poderiam entregar os itens em endereços da região com medo de represálias”, revelou a Polícia Civil.

VEJA TAMBÉM:

  • Associação apresenta a Moraes aprovação popular da Operação Contenção
  • PF pede que Congresso não confunda terrorismo com crime organizado

Operação Contenção completa um mês desde ação na Penha

A primeira fase da Operação Contenção completou um mês nesta sexta-feira (28). Ministério Público e polícias fluminenses reuniram cerca de 2,5 mil agentes com o objetivo de impedir a expansão do Comando Vermelho pelas favelas cariocas. Ao todo, 122 pessoas morreram, incluindo cinco policiais. Com isso, a ação policial tornou-se a mais letal da história brasileira. Além das mortes, a polícia prendeu 113 pessoas e apreendeu 460 armas.

Por conta da letalidade, o governo de Cláudio Castro (PL) entrou na mira da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635 (ADPF das favelas). O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, chegou a ir ao Rio de Janeiro para uma reunião com o governador e outras autoridades. Governo estadual e associações ligadas a delegados defendem a regularidade, apontando para os resultados no combate à organização criminosa.

Enquanto isso, tramita no Congresso Nacional o projeto de lei antifacção, que fez Guilherme Derrite deixar temporariamente o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para assumir o mandato como deputado federal pelo PP de São Paulo. Agora no Senado, o projeto tem relatoria de Alessandro Vieira (MDB-SE). O parlamentar já anunciou que fará uma revisão completa no texto, após Derrite apresentar seis versões diferentes antes da proposta final.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/brasil/operacao-contencao-mira-deposito-de-gas-do-comando-vermelho/