1 de dezembro de 2025
BC Protege+: quase 8 mil adesões logo após Banco Central
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O BC Protege+ já registrou quase 8 mil pessoas ativando a proteção contra abertura de contas nas primeiras horas após o lançamento do sistema pelo Banco Central (BC). O número expressivo impulsiona o interesse pelo novo serviço gratuito criado pelo BC para barrar fraudes e impedir a abertura de contas correntes, poupança ou de pagamento sem autorização do cidadão — um tema que vem ganhando grande atenção do público e dos buscadores.

Lançado nesta segunda-feira (1º), em evento no edifício-sede do Banco Central, em Brasília, o serviço permite que qualquer pessoa física ou jurídica comunique ao sistema financeiro que não deseja a abertura de novas contas em seu nome nem a inclusão como titular ou representante em contas de terceiros. A proteção se aplica inclusive a instituições nas quais o usuário já possui relacionamento.

Segundo o Banco Central, o BC Protege+ não substitui medidas tradicionais de segurança, mas funciona como uma camada adicional, reforçando a identificação e a verificação obrigatória previstas em normas como a Resolução Conjunta nº 6/2023.

“O BC Protege+ vai ao encontro de uma demanda da sociedade e reforça o compromisso do BC em garantir mais segurança e transparência”, afirma Maria Clara Roriz Haag, do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central.

A diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta, Izabela Moreira Correa, destaca ainda que a ferramenta é benéfica para toda a cadeia financeira: “É ao mesmo tempo um serviço para cidadãos e um instrumento de integridade do sistema”.

Acessos e consultas: 500 mil verificações em poucas horas

Além dos 7.800 usuários que ativaram a proteção em aproximadamente cinco horas de funcionamento, o BC informou que instituições financeiras realizaram 500 mil consultas ao sistema para verificar a preferência dos clientes.
Desse total, 263 consultas resultaram em negativa, porque os cidadãos já haviam bloqueado a abertura de contas.

Como funciona o BC Protege+

A ferramenta registra a preferência do cidadão — ativar ou desativar a proteção — e obriga as instituições financeiras a consultarem essa informação antes de abrir qualquer conta.

Se a proteção estiver ativada:

  • a instituição não pode abrir a conta;
  • deve informar ao cidadão sobre o bloqueio;
  • só poderá seguir com a contratação se o próprio usuário desativar o serviço.

O sistema também permite visualizar o histórico de consultas ao CPF ou CNPJ, mostrando qual instituição solicitou a informação e por qual motivo.

Como ativar ou desativar a proteção

O serviço está disponível na área logada do Meu BC no site do Banco Central. Para acessar, é necessário possuir conta gov.br nível prata ou ouro com autenticação em duas etapas.

Pessoa física (CPF)

  1. Acessar Serviços > Cidadão > Meu BC > BC Protege+.
  2. Entrar com conta gov.br.
  3. Selecionar BC Protege+.
  4. Escolher ativar ou desativar a proteção.
  5. Em caso de desativação, é possível definir uma data para reativação automática.

Pessoa jurídica (CNPJ)

  1. Acesso deve ser feito por sócio, representante ou colaborador cadastrado no módulo de empresas do gov.br.
  2. Entrar na área logada do Meu BC.
  3. Selecionar BC Protege+.
  4. Escolher a empresa e ativar ou desativar a proteção.
  5. Para abertura de conta empresarial, todos os titulares e representantes precisam estar com seus CPFs desbloqueados.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/bc-protege-quase-8-mil-adesoes-logo-apos-banco-central-lancar-novo-sistema/