O BC Protege+ já registrou quase 8 mil pessoas ativando a proteção contra abertura de contas nas primeiras horas após o lançamento do sistema pelo Banco Central (BC). O número expressivo impulsiona o interesse pelo novo serviço gratuito criado pelo BC para barrar fraudes e impedir a abertura de contas correntes, poupança ou de pagamento sem autorização do cidadão — um tema que vem ganhando grande atenção do público e dos buscadores.
Lançado nesta segunda-feira (1º), em evento no edifício-sede do Banco Central, em Brasília, o serviço permite que qualquer pessoa física ou jurídica comunique ao sistema financeiro que não deseja a abertura de novas contas em seu nome nem a inclusão como titular ou representante em contas de terceiros. A proteção se aplica inclusive a instituições nas quais o usuário já possui relacionamento.
Segundo o Banco Central, o BC Protege+ não substitui medidas tradicionais de segurança, mas funciona como uma camada adicional, reforçando a identificação e a verificação obrigatória previstas em normas como a Resolução Conjunta nº 6/2023.
“O BC Protege+ vai ao encontro de uma demanda da sociedade e reforça o compromisso do BC em garantir mais segurança e transparência”, afirma Maria Clara Roriz Haag, do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central.
A diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta, Izabela Moreira Correa, destaca ainda que a ferramenta é benéfica para toda a cadeia financeira: “É ao mesmo tempo um serviço para cidadãos e um instrumento de integridade do sistema”.
Acessos e consultas: 500 mil verificações em poucas horas
Além dos 7.800 usuários que ativaram a proteção em aproximadamente cinco horas de funcionamento, o BC informou que instituições financeiras realizaram 500 mil consultas ao sistema para verificar a preferência dos clientes.
Desse total, 263 consultas resultaram em negativa, porque os cidadãos já haviam bloqueado a abertura de contas.
Como funciona o BC Protege+
A ferramenta registra a preferência do cidadão — ativar ou desativar a proteção — e obriga as instituições financeiras a consultarem essa informação antes de abrir qualquer conta.
Se a proteção estiver ativada:
- a instituição não pode abrir a conta;
- deve informar ao cidadão sobre o bloqueio;
- só poderá seguir com a contratação se o próprio usuário desativar o serviço.
O sistema também permite visualizar o histórico de consultas ao CPF ou CNPJ, mostrando qual instituição solicitou a informação e por qual motivo.
Como ativar ou desativar a proteção
O serviço está disponível na área logada do Meu BC no site do Banco Central. Para acessar, é necessário possuir conta gov.br nível prata ou ouro com autenticação em duas etapas.
Pessoa física (CPF)
- Acessar Serviços > Cidadão > Meu BC > BC Protege+.
- Entrar com conta gov.br.
- Selecionar BC Protege+.
- Escolher ativar ou desativar a proteção.
- Em caso de desativação, é possível definir uma data para reativação automática.
Pessoa jurídica (CNPJ)
- Acesso deve ser feito por sócio, representante ou colaborador cadastrado no módulo de empresas do gov.br.
- Entrar na área logada do Meu BC.
- Selecionar BC Protege+.
- Escolher a empresa e ativar ou desativar a proteção.
- Para abertura de conta empresarial, todos os titulares e representantes precisam estar com seus CPFs desbloqueados.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/bc-protege-quase-8-mil-adesoes-logo-apos-banco-central-lancar-novo-sistema/
