26 de novembro de 2024
A escala de Kardashev indica quais civilizações alienígenas podemos encontrar
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É difícil saber exatamente o que encontraremos quando procuramos por vida extraterrestre inteligente pelo espaço. Geralmente buscamos por sinais parecidos com os que estamos emitindo, visto que a física no Universo é a mesma. No entanto, na escala de civilizações de Kardashev podemos estar enviando uma mensagem para o nada.

Apesar de parecer lógico procurar por sinais extraterrestres parecidos com os que estamos enviando, isso não é o ideal a ser feito. A tecnologia que poderia detectar essa mensagem pode não estar mais sendo usada por quem estamos tentando comunicar, por exemplo, nós passamos do sinal analógico para o digital e o mesmo poderia acontecer com essas civilizações.

Alguns dos radiotelecópios estão voltados para o espaço também buscando por sinais extraterrestres (Créditos: Observatório de Radioastronomia da África do Sul)

Dessa forma, segundo o IFLScience, os cientistas estão sempre especulando que tipo de sinal poderíamos receber e enviar. Apesar de ser especulativo, os cientistas concordam na ideia de que essa mensagem precisa deixar claro que está sendo enviada por vida inteligente.

Na década de 1960, a ideia era focar em uma região em torno de uma frequência bem conhecida onde o hidrogênio neutro emite radiação no espaço interestelar, 1,42 GH. A emissão é predominante em toda a galáxia, a ideia é que qualquer civilização inteligente saberia disso e potencialmente direcionaria essa frequência para transmissão para maximizar a chance de detecção. 

Bryan Brzycki, estudante de astronomia, em resposta a Universe Today

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Sinais extraterrestres e a escala de Kardashev

A melhor chance do sinal que enviamos pelas galáxias e o todo Universo ser detectado, é com ele sendo emitido de forma contínua. No entanto, para isso é preciso de uma enorme quantidade de energia, muito além do que conseguimos produzir.

Essa quantidade de energia necessária foi definida em 1963 pelo astrônomo soviético Nikolai Kardashev. O resultado foi a divisão dessas civilizações hipotéticas em três tipos com base em quanta energia elas podem aproveitar em seu entorno.

  • As civilizações do tipo I conseguem aproveitar toda energia disponível no planeta;
  • As do tipo II conseguem aproveitar a energia da sua estrela, por exemplo, construindo uma esfera de Dyson;
  • E as do tipo III podem aproveitar a energia de toda a galáxia.
dyson esfera
Esfera de Dyson (Imagem gerada por IA via DALL-E/Olhar Digital)

Segundo uma pesquisa de 2020, a Terra é do tipo 0,72, assim, de acordo com Kardashev, detectar civilizações do tipo I é praticamente improvável, visto que a produção deles é insignificante. No entanto, quando estamos falando de sinais enviados por civilizações do tipo II e III, as coisas são diferentes. 

Os sinais enviados por esses extraterrestres mais avançados poderiam ser detectados por civilizações do tipo I, a partir de radiotelescópios convencionais, apenas um pouco melhor do que os nossos. A ideia é que os alienígenas mais tecnológicos estariam enviando informações científicas com a intenção de serem ouvidas por nós.

Assim, a escala de Kardashev nos dá uma ideia de quais civilizações têm o poder de enviar sinais que em breve poderemos detectar. Enquanto isso, as nossas mensagens enviadas para o cosmo são insignificantes.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/05/20/ciencia-e-espaco/a-escala-de-kardashev-pode-nos-dizer-quais-civilizacoes-alienigenas-podemos-encontrar/