9 de dezembro de 2025
Mortes por aids caem 11% no Maranhão
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O Maranhão registrou uma queda expressiva nas mortes por aids entre 2023 e 2024. O número de óbitos passou de 398 para 354, redução de 11%, conforme o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. O cenário segue a tendência nacional: o Brasil contabilizou 9,1 mil mortes no último ano, o menor patamar em três décadas.

De acordo com o ministério, os resultados são reflexo do avanço nas estratégias de prevenção, ampliação do diagnóstico e maior acesso às terapias oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O país eliminou, a transmissão vertical — quando o vírus passa da mãe para o bebê — como problema de saúde pública.

“Hoje é um dia de luta, mas também de conquista histórica: alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços tambémpermitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Indicadores

No Brasil, os casos de aids também apresentaram retração: de 37,5 mil, em 2023, para 36,9 mil no ano seguinte, queda de 1,5%. No Maranhão, foram registrados 1.280 novos diagnósticos em 2024. O boletim revela ainda diminuição nos casos de gestantes com HIV, que caíram 7,9%, e no número de crianças expostas ao vírus, com redução de 4,2%.

Outro ponto que mostra avanço na assistência é a queda de 54% no início tardio da profilaxia neonatal.

O país mantém indicadores compatíveis com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação da transmissão vertical: taxa abaixo de 2% e incidência inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos. A cobertura de pré-natal, testagem e tratamento para gestantes com HIV ultrapassa 95%.

Em 2024, o Brasil somou 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids, quadro estável nos últimos anos. No Maranhão, foram 2.411 registros.

Expansão da prevenção e do diagnóstico

O Ministério da Saúde vem fortalecendo a Prevenção Combinada, com oferta de métodos que vão além do preservativo. Entre eles estão a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). O uso da PrEP cresceu mais de 150% desde 2023 e hoje é adotado diariamente por cerca de 140 mil pessoas.

Para ampliar o diagnóstico precoce, o governo adquiriu 6,5 milhões de testes rápidos para HIV e sífilis, além de distribuir 780 mil autotestes. A iniciativa facilita a identificação de novos casos e favorece o início imediato do tratamento.

O SUS mantém acompanhamento gratuito e disponibiliza terapias de alta eficácia, incluindo o comprimido único formado por lamivudina e dolutegravir, utilizado por mais de 225 mil pessoas no país. A combinação reduz efeitos adversos e melhora a adesão ao tratamento por concentrar o esquema em uma única dose diária.

Com esses avanços, o Brasil já cumpre duas das três metas globais 95-95-95: a maioria das pessoas diagnosticadas recebe tratamento e grande parte dos tratadas atinge supressão viral.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/12/mortes-por-aids-caem-11-no-maranhao/