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Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolaram um pedido nesta segunda-feira (15/12) ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando autorização para a realização de procedimentos cirúrgicos classificados como de “máxima urgência”.

Entre os procedimentos urgentes solicitados estão a correção de hérnias inguinais bilaterais e o bloqueio anestésico do nervo frênico, este último como medida terapêutica complementar para tratar problemas no intestino e crises de soluço incoercíveis, que já contribuíram para intercorrências clínicas recentes.

Um novo relatório médico apresentado pela defesa reitera a necessidade de realização da cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, com tempo estimado de permanência entre cinco e sete dias. O relatório enfatiza que o quadro “não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves”.

Bolsonaro passou por exames de ultrassonografia na tarde desse domingo (14/12) na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde está preso.

Pedido de prisão domiciliar humanitária

A defesa também aproveitou a urgência médica para fazer um novo pedido de prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente. Os advogados argumentam que a indicação médica formal de cirurgia imediata torna evidente o risco concreto à integridade física do sentenciado, caso ele permaneça em regime fechado sem acesso célere aos cuidados médicos de alta complexidade.

Segundo a defesa, a situação não é uma “hipótese remota ou preventiva abstrata, mas de necessidade médica atual, objetiva e comprovada, cuja postergação expõe o peticionário a risco real de agravamento súbito, internação emergencial e possíveis complicações cirúrgicas evitáveis”.

Eles ressaltam que a realização do procedimento de forma planejada, em ambiente hospitalar adequado, com acompanhamento pós-operatório, revela-se indispensável. A permissão para a realização de exames, incluindo a entrada de um médico com aparelho ultrassom portátil na cela, havia sido autorizada por Moraes no último sábado (13/12), a pedido dos advogados.