18 de dezembro de 2025
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O YouTube anunciou que deixará de fornecer seus dados musicais à Billboard nos Estados Unidos, em resposta a mudanças recentes na metodologia usada para calcular as paradas musicais.

A decisão marca um novo capítulo na disputa sobre como medir o sucesso da música na era do streaming — e sobre quanto vale cada tipo de reprodução.

Mudança na metodologia da Billboard reacende debate sobre o valor de streams pagos e gratuitos – Imagem: Robert Way/Shutterstock

A Billboard alterou sua fórmula para dar ainda mais peso ao streaming pago e sob demanda em relação ao streaming gratuito com anúncios.

Segundo a empresa, o ajuste reflete melhor o crescimento da receita gerada por assinaturas e as mudanças no comportamento dos consumidores, em um mercado no qual o streaming já responde por 84% da receita da indústria fonográfica americana.

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A disputa sobre o valor do streaming

  • O YouTube discorda do princípio por trás da mudança. Para a plataforma, diferenciar excessivamente streams pagos e gratuitos ignora a forma como grande parte do público consome música hoje.
  • Em uma postagem no blog, a empresa afirmou que a Billboard utiliza uma fórmula “desatualizada” e defendeu que todas as reproduções deveriam contar de maneira igual.
  • A partir das paradas publicadas em 17 de janeiro de 2026, a Billboard passará a exigir menos reproduções para que um álbum contabilize uma unidade nas paradas.
  • Com a nova regra, serão necessárias 2.500 reproduções com anúncios ou 1.000 reproduções pagas para equivaler a uma unidade de álbum — uma proporção de 2,5 para 1 a favor do streaming por assinatura.
Logo do YouTube em um smartphone na horizontal
YouTube protesta contra nova regra que privilegia assinaturas (Imagem: FotoField/Shutterstock)

Impactos e estratégia de negociação

Embora a diferença entre streams pagos e gratuitos tenha diminuído em relação ao modelo anterior, o YouTube considera a mudança insuficiente. Em protesto, a empresa anunciou que interromperá o envio de dados à Billboard após 16 de janeiro de 2026.

Na prática, isso significa que visualizações no YouTube deixarão de influenciar rankings importantes, como a Billboard 200 e a Hot 100.

A decisão pode afetar artistas e gravadoras, mas também representa um risco para a própria plataforma. Por isso, o movimento é visto no setor mais como uma tática de negociação do que como um rompimento definitivo.

Billboard muda cálculo, e YouTube reage deixando rankings musicais – Imagem: II.studio/Shutterstock

O post YouTube rompe com a Billboard após mudança em fórmula das paradas apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/12/17/internet-e-redes-sociais/youtube-rompe-com-a-billboard-apos-mudanca-em-formula-das-paradas/