O inverno de 2024 deve ter temperaturas acima da média. Pelo menos, é o que disse Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, ao G1. No entanto, a estação não deve trazer extremos de calor nem de frio. Espera-se que o inverno deste ano traga equilíbrio entre os dois – mas com tendência para mais dias com temperaturas mais elevadas do que o normal.
Nem tão quente, mas meio quente: o inverno de 2024 no Brasil
- O inverno de 2024 no Brasil deve ter temperaturas acima da média, apesar de não se esperarem extremos de calor ou frio, segundo Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, em entrevista ao G1;
- O fenômeno El Niño, que aquece a superfície do Oceano Pacífico Equatorial, terminou, dando lugar a uma fase neutra que ainda influenciará o clima do Brasil por algumas semanas. Após isso, é esperado o fenômeno La Niña, que esfria o Oceano Pacífico e aumenta a incidência de massas de ar frio, especialmente no sul do Brasil;
- Com o fim do outono, os bloqueios atmosféricos tendem a diminuir. Um bloqueio específico, que começou em 22 de abril, foi responsável pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul e influenciou o clima do país;
- Enquanto junho pode ser um mês quente, especialmente no centro do Brasil, devido à atuação de uma massa de ar seco, o sul do país, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, deverá receber mais massas de ar frio no início do inverno. Por outro lado, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte terão menos incidência de massas de ar frio.
A estação começa em 21 de junho, especificamente às 17h51 (horário de Brasília) para a maior parte do território. Mas partes do Amazonas, Pará e quase todo o território de Roraima e Amapá ficam de fora, por estarem no Hemisfério Norte.
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El Niño e La Niña influenciam prognóstico do inverno de 2024
O inverno de 2024 tem esse prognóstico por conta do fim do El Niño – fenômeno climático que aquece a superfície do Oceano Pacífico Equatorial e influencia o clima do Brasil todo.
Atualmente, ocorre a fase neutra, quando nenhum fenômeno climático influencia as águas do Pacífico. No entanto, o meteorologista ressalta que a influência do fenômeno será percebida por mais algumas semanas no país.
(Depois, vem o La Niña, que esfria a faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Pacífico. Este fenômeno ocorre a cada três ou cinco anos.)
Em paralelo à fase neutra do El Niño, ocorre o resfriamento do Oceano Atlântico. Ao longo do fim de outono, espera-se que bloqueios atmosféricos fiquem menos frequentes.
Para você ter ideia da importância disso: Um desses bloqueios atua sobre o Brasil desde 22 de abril – e, de certa, é responsável pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul
(O Olhar Digital explicou o efeito do atual bloqueio atmosférico no Brasil na previsão do tempo publicada em 15 de maio).
Mês quente, mais massas de ar frio: o que esperar do inverno de 2024 no Brasil
Também em entrevista ao G1, Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que junho será um mês quente – principalmente na parte central do Brasil, onde a atuação de uma massa de ar seco e seco vai esticar até dia 17.
Por outro lado, o La Niña traz mais massas de ar frio ao centro-sul do continente americano, de forma que afeta países como Argentina, Uruguai e, claro, Brasil (áreas do centro-sul, no caso).
Por isso, o meteorologista da Climatempo aponta que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná devem receber mais massas de ar frio no início do inverno. Já o interior do Brasil (Sudeste, Centro-Oeste e Norte) vai receber menos massas de ar frio na estação.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/05/21/ciencia-e-espaco/inverno-de-2024-deve-ser-meio-quente-no-brasil/