27 de dezembro de 2025
O chip biológico capaz de guardar toda a internet dentro
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Imagine condensar toda a produção digital da humanidade em um volume tão pequeno quanto um pingo d’água. Essa realidade está mais próxima graças ao uso de moléculas de DNA como mídia de armazenamento.

O funcionamento da gravação de dados em moléculas biológicas

De acordo com os avanços apresentados pelo Wyss Institute da Universidade de Harvard, essa abordagem resolve o problema do espaço físico e da degradação de materiais sintéticos.

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    Codificação digital


    Os bits tradicionais (0 e 1) são traduzidos para as quatro bases químicas do DNA: adenina, citosina, guanina e timina.

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    Síntese em laboratório


    Após a tradução, as sequências são fabricadas artificialmente, transformando o arquivo digital em uma substância física tangível.

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    Recuperação de arquivos


    Para ler as informações, utiliza-se o sequenciamento genético, convertendo as bases químicas de volta para o formato digital original.

A incrível densidade e durabilidade do HD vivo

Diferente de HDs externos ou servidores de nuvem que podem falhar em poucos anos, o DNA é um meio de armazenamento extremamente resiliente. Quando mantido em condições ideais de temperatura e luz, ele pode preservar dados por milhares de anos sem qualquer perda de integridade. Isso o torna a solução perfeita para o arquivamento histórico da humanidade.

Dados digitais convertidos em sequências de DNA sintético – (Imagem gerada por
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)

Além da resistência, a densidade é o ponto mais impressionante dessa tecnologia. Um grama de DNA é capaz de armazenar cerca de 215 petabytes de dados. Na prática, isso significa que um pequeno frasco com a substância poderia conter todas as fotos, vídeos e documentos gerados pelo mundo até hoje, ocupando menos espaço do que uma caixa de sapatos.

Vantagens do DNA frente aos métodos tradicionais de armazenamento

O chip biológico capaz de guardar toda a internet dentro de um pingo d'água
Um grama de DNA pode armazenar bilhões de arquivos – (Imagem gerada por
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)

Os próximos desafios para a popularização do chip biológico

Apesar do potencial revolucionário, a tecnologia ainda enfrenta barreiras econômicas. Atualmente, o custo para sintetizar e ler o DNA artificial é elevado, o que limita o uso a projetos de arquivamento governamental ou científico de longo prazo. No entanto, a velocidade com que o sequenciamento genético está barateando indica que essa barreira pode cair na próxima década.

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A integração entre biologia e computação promete mudar a forma como interagimos com a memória digital. Com o refinamento dos métodos de escrita e leitura, o DNA deixará de ser apenas a base da vida para se tornar o alicerce de uma nova era da informação, garantindo que o conhecimento humano nunca seja esquecido por falta de espaço ou falha técnica.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/12/27/curiosidades/o-chip-biologico-capaz-de-guardar-toda-a-internet-dentro-de-um-pingo-dagua/