A China deu mais um passo controlar o uso de inteligência artificial voltada ao público. O órgão regulador de cibersegurança do país divulgou, no sábado (27), um projeto para consulta pública que propõe regras específicas para sistemas de IA capazes de simular comportamentos humanos e estabelecer vínculos emocionais com usuários.
A iniciativa faz parte da estratégia de Pequim para orientar a expansão acelerada de tecnologias de IA no mercado consumidor, com foco no fortalecimento de critérios de segurança, ética e responsabilidade.
Regras são focadas em IAs que imitam humanos
O texto mira, em especial, serviços que adotam traços de personalidade, padrões de raciocínio e estilos de comunicação semelhantes aos de pessoas reais.
De acordo com a agência Reuters, as regras se aplicariam a produtos e plataformas que interagem emocionalmente com usuários por meio de diferentes formatos, como texto, imagem, áudio ou vídeo.
O objetivo é criar um marco regulatório mais rigoroso para esse tipo de aplicação, que vem ganhando espaço em assistentes virtuais, chatbots avançados e outras ferramentas digitais.

Empresas deverão monitorar riscos ao usuário
Entre os pontos centrais do projeto está a exigência de que as empresas informem claramente os usuários sobre os riscos do uso excessivo dessas tecnologias. Além disso, elas seriam obrigadas a intervir quando identificarem sinais de dependência ou envolvimento emocional prejudicial.
O documento também amplia as responsabilidades das companhias ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos de IA. Isso inclui a implementação de mecanismos de revisão de algoritmos, medidas de segurança de dados e proteção de informações pessoais. A proposta estabelece ainda que os prestadores devem monitorar o estado emocional dos usuários, avaliando níveis de estresse, dependência ou reações extremas durante a interação com os sistemas.
Caso sejam detectados comportamentos considerados problemáticos, como apego excessivo ou emoções intensas, as plataformas deverão adotar medidas para reduzir riscos psicológicos. A intenção é evitar que serviços de IA explorem vulnerabilidades emocionais ou incentivem padrões de uso prejudiciais.
As regras propostas também definem limites claros sobre o conteúdo que pode ser gerado por esses sistemas. Ficam vedadas respostas ou interações que ameacem a segurança nacional, disseminem informações falsas, estimulem a violência ou promovam conteúdos considerados obscenos.

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China quer regular IA em meio à rápida expansão
- O projeto, disponível em consulta pública, visa regular a IA diante da rápida expansão deste mercado voltado para o consumidor na China;
- Com as regras, o governo chinês sinaliza que pretende consolidar um modelo de governança mais rígido para a inteligência artificial com características humanas, buscando equilibrar inovação tecnológica com controle estatal e proteção dos usuários;
- O país enfrenta expansão acelerada tanto no setor de IA quanto no de robôs humanoides.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/12/28/inteligencia-artificial/china-apresenta-regras-para-regular-ias-que-imitam-comportamentos-humanos/
