21 de setembro de 2024
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Foto: Ascom

No Brasil cerca de 50 milhões de pessoas se dedicam ao cuidado de pessoas, este número está relacionado ao cuidado dispensado às crianças, idosos e pessoas com deficiência. No Piauí, em 2022, cerca de 36,5% da população de 14 anos ou mais de idade estava incumbida da tarefa de cuidar de pessoas da família ou mesmo de parentes. Esse indicador do Piauí foi, inclusive, o maior dentre todos os estados do Brasil. (Dados do Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio).
Preocupada com essa parcela de pessoas que cuidam dos idosos e das pessoas com deficiência, a deputada estadual, Bárbara do Firmino (Progressistas), elaborou o Projeto de Lei 107/24 que tem como objetivo a criação da política “Cuidando de Quem Cuida”, para dar uma atenção aos cuidadores de pessoas com deficiência e/ou idosos dependentes em tempo integral.

A ideia é que o Poder Executivo avalie a possibilidade de instituir um auxílio financeiro a esses profissionais, bem como um suporte para a saúde mental e física. “Os cuidadores ficam muito tempo dedicados aos cuidados do indivíduo com dependência, por isso estão expostos a desgastes físicos, psicológicos ou emocionais devido à sobrecarga a que estão submetidos, por isso é importante um suporte para essas pessoas”, explicou a deputada.
As ações a serem implementadas pelo Projeto de Lei “Cuidando de quem Cuida” devem ser de responsabilidade da Secretaria de Estado responsável pela Assistência Social.
Bárbara enfatiza que o trabalho de cuidar de pessoas com dependência é uma tarefa desafiadora e complexa, que requer não apenas paciência e dedicação, mas também uma atenção especial com quem assume o papel de cuidador. “Percebemos com a sobrecarga emocional e física de um cuidador pode ser intensa, e é fundamental que quem exerça esta função também receba cuidado e apoio, para que possa desempenhá-la de maneira saudável e eficiente. Contamos com a sensibilidade dos deputados para que o projeto seja aprovado e também com um olhar especial do nosso governador para que seja sancionado e vire lei”, acrescenta.