21 de setembro de 2024
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Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (3) revela que os moradores da cidade de São Paulo se identificam mais com a direita do que com a esquerda. Entre os entrevistados, 28% se declaram direitistas, enquanto 21% se dizem de esquerda.

Ao incluir os que se identificam como centro-direita e centro-esquerda, os números sobem para 40% e 31%, respectivamente.

A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 28 de maio, entrevistou 1.092 eleitores e possui uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Os entrevistados se posicionaram em uma escala de 1 a 7, onde 1 representa a extrema esquerda e 7 a extrema direita, resultando em uma média de 4,3, mais próxima da direita.

Crescimento da direita

Esta pesquisa do Datafolha foi conduzida anteriormente em 2003, 2006 e 2013. Em comparação aos anos anteriores, há um aumento no número de pessoas que se identificam como de direita. Em 2003, 27% dos paulistanos se consideravam de direita, índice que caiu para 20% em 2013 e voltou a subir para 27% em 2024.

Historicamente, a cidade de São Paulo tem se identificado mais com a direita do que com a esquerda. Em 2003, 13% se diziam de esquerda, número que subiu para 16% em 2006 e caiu para 14% em 2013. Em 2024, esse percentual aumentou significativamente para 21%.

Centro e variações

Desde 2013, o número de pessoas que se identificam como centro-direita e centro-esquerda também cresceu. A centro-direita oscilou de 14% para 12%, a centro-esquerda ficou em 10% e o centro variou de 24% para 22%. O percentual de entrevistados que não se posicionam politicamente caiu de 16% em 2013 para 8% em 2024.

Perfil socioeconômico e intenções de voto

O perfil socioeconômico dos entrevistados mostra que os mais direitistas ganham até dois salários mínimos, têm apenas o ensino fundamental e são majoritariamente evangélicos. Aqueles que se identificam com a esquerda geralmente ganham mais de dois salários mínimos e possuem curso superior.

A pesquisa também analisou a intenção de voto cruzando com a posição política. Os eleitores mais direitistas são os de Pablo Marçal (PRTB) e Kim Kataguiri (União Brasil), com um índice de 5,2 na escala de 1 a 7. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, teve um índice de 5. Os eleitores de José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) se aproximam da média paulistana de 4,3. Já os eleitores de Tabata Amaral (PSB) estão mais ao centro com um índice de 4, enquanto os de Guilherme Boulos (PSOL) são mais de esquerda, com um índice de 3.

Menos bolsonaristas em São Paulo

A pesquisa Datafolha também mostra que os paulistanos são menos bolsonaristas do que a média nacional. Na capital, 19% se dizem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto a média nacional é de 24%. Já 31% se declaram petistas, em comparação com a média nacional de 30%. Os que se dizem neutros representam 23% dos paulistanos, contra 21% no restante do país.

Com informações do g1

Fonte: https://agendadopoder.com.br/datafolha-28-dos-paulistanos-se-identificam-com-a-direita-e-21-com-a-esquerda/