25 de novembro de 2024
Eleições apressam movimentação de candidatos do Rio para construção do
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Com a proximidade das eleições municipais, líderes políticos estão intensificando os esforços para promover a construção do novo estádio do Flamengo, pressionando a Caixa Econômica Federal, detentora do terreno do Gasômetro na zona portuária do Rio, objeto de desejo para o empreendimento. A iniciativa é liderada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), com o envolvimento ativo de parlamentares da bancada estadual, como os deputados Pedro Paulo (PSD), cogitado para ser vice na chapa de reeleição, e Doutor Luizinho (PP).

O grupo tem buscado apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que indicou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, e grande parte dos vice-presidentes.

Em um jantar com dirigentes do Flamengo, no último dia 27, Paes chegou a dizer que desapropriaria a área caso a Caixa mantenha uma postura inflexível. Como o terreno é propriedade de um fundo privado, ele está sujeito a desapropriação — uma medida considerada extrema, dada a despesa com indenizações.

Nas redes sociais, o prefeito tem dado vários sinais de apoio ao projeto. Em abril, reuniu-se com o presidente do clube, Rodolfo Landim, no Ninho do Urubu para discutir o assunto.

O encontro ocorreu um dia antes de um possível concorrente de Paes na eleição, Alexandre Ramagem (PL), participar de uma partida de futebol no CT, a convite do vereador Marcos Braz (PL), vice-presidente de futebol do clube e seu aliado. Braz tem atuado em prol do estádio na Câmara do Rio, que na última terça-feira aprovou a criação de uma comissão especial para tratar da negociação, a pedido do dirigente.

Para avançar com o projeto, Pedro Paulo argumenta que é necessária uma solução política que envolva o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirma que a Caixa está focada apenas em lucrar. Um dos principais obstáculos ao negócio é o valor que o clube está disposto a pagar pelo terreno, R$ 250 milhões.

A Caixa concorda em parte com esse valor, mas deseja mais devido ao potencial construtivo da área de 600 mil m², que poderia abrigar, por exemplo, três torres residenciais. Por esse motivo, o banco alega que o clube deveria pagar pelo menos três vezes mais.

– A prefeitura do Rio está muito empenhada em ajudar nesse processo, pois todos saem ganhando. O governo federal pode colaborar mais. É necessário envolver o presidente Lula nessa questão – disse Pedro Paulo.

– Estamos trabalhando para estreitar os laços entre Flamengo, prefeitura e Caixa. Lira também está contribuindo – acrescenta Luizinho.

O assunto foi discutido aproximadamente duas semanas atrás com o presidente da Caixa e ambos os deputados, além da diretoria do Flamengo e representantes da Prefeitura do Rio.

De acordo com fontes, os interessados pediram à Caixa que dividisse o negócio em duas operações para acelerar o processo: venda do terreno por R$ 250 milhões e a venda do potencial construtivo, a ser negociado posteriormente.

Executivos da Caixa afirmam estar dispostos a buscar uma solução para minimizar possíveis prejuízos. Como gestora do fundo, a Caixa assume riscos e, nesse caso, teria que contabilizar o resultado negativo em seu balanço.

Parlamentares sugerem que a União transfira terrenos públicos no Rio para o fundo como medida compensatória. Ou ainda operações que incluam direitos de construção do Flamengo na Gávea, em negociação com a prefeitura.

Lira e a diretoria do Flamengo foram procurados, mas não se manifestaram. A Caixa também preferiu não comentar

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/eleicoes-apressam-movimentacao-de-candidatos-do-rio-para-construcao-do-novo-estadio-do-flamengo-no-gasometro/