O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu nesta segunda-feira a necessidade de melhorar a qualidade da aplicação de recursos na educação e rejeitou a ideia de um teto de gastos para o setor.
Durante uma entrevista à Agência Brasil, Santana enfatizou que não basta apenas alocar recursos, mas também melhorar a governança e o planejamento.
Segundo o ministro, há exemplos de municípios mais pobres no Brasil que apresentam melhores resultados educacionais do que municípios mais ricos, o que indica que o desafio transcende o aspecto financeiro.
Santana também participou de um encontro da UNESCO em Paris, onde discutiu a implementação das metas educacionais da Agenda 2030 da ONU, destacando a importância de aumentar os investimentos na educação básica.
A OCDE recentemente posicionou o Brasil como o terceiro país com o menor orçamento para educação básica entre 41 nações estudadas, investindo cerca de US$ 3.580 por aluno, muito abaixo da média da OCDE de quase US$ 11 mil. Por outro lado, no ensino superior, o Brasil investe uma quantia comparável à média da OCDE.
Santana reiterou sua posição contra a imposição de um teto de gastos para educação, mencionando discussões sobre a necessidade de revisar os gastos públicos no Brasil, incluindo uma recente defesa pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para acelerar essa revisão. Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera o financiamento da educação não como um gasto, mas como um investimento essencial.
“O presidente Lula sempre diz que despesa em educação não pode ser vista como gasto e sim como investimento. Nunca trataram comigo sobre esse tema e eu tenho defendido que, ao contrário, nós temos que ampliar os investimentos de educação
Crédito/Imagem: Luis Fortes/MEC
Fonte: https://www.ocafezinho.com/2024/06/18/camilo-se-opoe-a-proposta-de-haddad-em-colocar-teto-de-gastos-para-educacao/