21 de setembro de 2024
Compartilhe:

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos principais alvos das manifestações deste domingo (23) realizadas por mulheres em diversas cidades do Brasil contra o PL antiaborto. O projeto, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, gerou indignação e revolta, culminando em protestos significativos.

A aprovação da urgência para a tramitação do projeto, conduzida de forma relâmpago na Câmara dos Deputados, trouxe Lira para o centro das críticas. Ele teria feito um acordo com a bancada evangélica, principal apoiadora do projeto, para acelerar o processo. Esse movimento foi visto como um desrespeito aos direitos das mulheres.

Em São Paulo e em Belo Horizonte, as manifestações alcançaram um ápice quando um boneco representando Arthur Lira foi queimado pelas mulheres. O vídeo do evento rapidamente se espalhou pelas redes sociais, ampliando a pressão sobre o presidente da Câmara. Elas carregavam cartazes e gritavam palavras de ordem exigindo respeito aos seus direitos e a retirada do projeto.

Diante da avalanche de críticas, Arthur Lira tem tentado adotar um tom conciliador. Em uma tentativa de acalmar os ânimos, ele afirmou que não há pressa para votar o projeto, sugerindo uma abertura para mais debates e discussões.

Mas as manifestantes não se deixaram enganar: querem a retirada completa do projeto e a garantia de que seus direitos não serão mais tratados como moeda de troca em acordos políticos obscuros.

O projeto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcate (PL-RJ), propõe mudanças drásticas, aplicando suas regras inclusive para casos em que o aborto é atualmente autorizado pela legislação brasileira, como gravidez decorrente de estupro. Hoje, o aborto é proibido com penas de 1 a 3 anos de prisão, exceto nos casos de estupro, risco à vida da mãe e feto anencéfalo, onde a interrupção é permitida a qualquer momento sem prejuízos legais para a mulher.

Uma pesquisa recente do instituto Datafolha revelou que 66% dos brasileiros não apoiam o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples. Apenas 29% dos entrevistados são favoráveis ao projeto. Outros 2% se mostraram indiferentes e 4% não souberam opinar.

O levantamento também mostrou que 52% dos evangélicos apoiam a ampliação do acesso ao procedimento de interrupção de gravidez para além das situações previstas em lei.

Assista ao vídeo:

Com informações do portal Brasil 247

O post Mulheres queimam boneco de Arthur Lira em protesto contra PL antiaborto, mesmo depois de recuo na urgência (vídeo) apareceu primeiro em Agenda do Poder.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/mulheres-queimam-boneco-de-arthur-lira-em-protesto-contra-pl-antiaborto-mesmo-depois-video/