21 de setembro de 2024
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O cavalo Caramelo, que virou ícone da resiliência dos gaúchos no enfrentamento aos desastres ambientais de maio, agora possui um microchip. O procedimento foi realizado no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas-RS, onde o animal segue em recuperação após ter sido resgatado em cima do telhado de uma casa.

Embora seja um processo pouco conhecido no Brasil, mas muito usual em outros países do mundo, o procedimento apresenta uma série de benefícios essenciais para a gestão da saúde dos animais.

Instalação do microchip

Em comunicado feito pela Ulbra, a universidade explica que o procedimento se dá através de injeção subcutânea ou intramuscular, que injeta o dispositivo no animal.

A identificação é feita através de um número único que pode ser lido por um scanner. O microchip é uma maneira de individualizar o animal.

A prática é uma forma de identificação muito rápida, e pouco invasiva, bastante adotada em cães e gatos.

O método evita modificações no corpo dos animais, como nos meios mais tradicionais com a utilização de brinco, tinta, tatuagem ou outro método de marcação. A longevidade faz o processo valer a pena, uma vez que não demanda manutenção ou recarga durante a vida.

Todos os animais que estão sendo abrigados pela Ulbra são submetidos a castrações, e posteriormente, à instalação dos dispositivos.

FOTOS – Relembre o resgate do cavalo Caramelo

A microchipagem permite a identificação do animal, fornecendo um número que ele levará para sempre, com os seus dados de cadastro, além de outras informações que vão facilitar o reconhecimento. A partir dele, dados como a espécie, raça, medicações diárias, condições de saúde, vacinas e características especiais estão acessíveis.

A Ulbra ressalta que o microchip não funciona como um GPS, ou seja, não tem como atribuição e capacidade o monitoramento da localização do animal. Embora nos casos de animais perdidos, seja fundamental identificá-los.

A estratégia também dificulta a venda ilegal dos animais, além de garantir o cumprimento de normas sanitárias internacionais, no caso dos animais que são transportados de um país ao outro.

Para o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas, Jean Soares, é fundamental a gestão da população dos animais de uma forma geral.

“A enchente trouxe à tona um problema sério, e temos a oportunidade de tentar reverter isso nos próximos anos. Esse é um trabalho de longo prazo”, afirma Soares.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/cavalo-caramelo-ganha-microchip-para-identificacao-no-rs-entenda/