20 de setembro de 2024
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Uma comitiva da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), formada por Luiz Paulo (PSD), Professor Josemar (PSol) e Rodrigo Amorim (União Brasil), sobrevoou, nesta sexta-feira (12/04), a área onde está localizado o Sistema Imunana-Laranjal para avaliar as condições de funcionamento da estação. Uma das alternativas apresentada durante a vistoria foi a necessidade de se criar um plano emergencial para evitar nova crise hídrica.

Na semana passada, a Cedae interrompeu o abastecimento de água por três dias após identificar a substância química tolueno no canal de Imunana, área da captação que atende parte da Região Metropolitana. Pelo menos dois milhões de moradores de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e Ilha de Paquetá foram afetados.  

“Verificamos a gravidade do desastre ambiental com tolueno, que é um hidrocarboneto derivado do petróleo, em uma área bastante grande, fazendo fronteira com o Polo Gaslub. É necessário descontaminar todo o solo que está poluído e, mais ainda, ter um plano de contingência para que eventos como este não afetem o abastecimento de água”, sustentou.

O Professor Josemar, que é morador de São Gonçalo, destacou que os parlamentares vêm acompanhando o conjunto de ações que estão sendo feitas pelos órgãos responsáveis.

“Os impactos sociais ainda existem porque parte da população de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e Paquetá ficou por dias sem água. Vamos observar e pensar em iniciativas e proposições. Este foi um dos maiores impactos ambientais no Rio de Janeiro nos últimos tempos”, disse.

Por sua vez, Rodrigo Amorim comentou sobre as hipóteses que estão sendo estudadas para a contaminação do Sistema Imunana-Laranjal. O deputado ainda explicou que a maior parte da concentração de tolueno estava próxima a dutos utilizados pela Petrobras.

“Uma possibilidade é a destruição de uma barragem, durante as chuvas, que já foi refeita pelo Governo do Estado. Já a Petrobras levantou as seguintes teses: de que o tolueno vazou de fábricas de couro; que houve o derramamento irregular da substância; ou que alguma refinaria clandestina de drogas estivesse utilizando o solvente”, pontuou.

Também participaram da ação o secretário de estado de Meio Ambiente, Bernardo Rossi; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Miguel Alvarenga; e representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Cedae. 

Fonte: https://agendadopoder.com.br/comitiva-da-alerj-vistoria-condicoes-de-funcionamento-de-imunana-laranjal/