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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na noite desta segunda-feira (1), que não tem que “prestar contas para banqueiros”, mas sim à população pobre do Brasil. Durante uma cerimônia em Salvador para anunciar investimentos na Bahia, Lula destacou seu compromisso com os mais necessitados e defendeu programas sociais como o Pé de Meia, que oferece auxílio a estudantes do ensino médio para evitar a evasão escolar.

Lula criticou “o tal do mercado” que, segundo ele, critica o governo diariamente. Ele afirmou que prefere investir em educação a gastar com encarceramento devido à falta de oportunidades para os jovens. No evento, Lula também anunciou R$ 2,4 bilhões em investimentos em infraestrutura na Bahia, incluindo a pavimentação de 194 quilômetros da BR-030 entre Cocos e Mambaí.

Durante a visita, o presidente voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que a política de juros altos não é adequada no momento, mencionando que a taxa Selic de 10,5% é exagerada.

Lula também assinou a portaria de autorização de contratação de empreendimentos habitacionais da nova seleção do Minha Casa, Minha Vida, totalizando 1.075 unidades habitacionais em Feira de Santana. Ele cobrou mais empenho da bancada federal na defesa do governo no Congresso Nacional.

Nesta terça-feira (2), Lula participará do cortejo do 2 de Julho, em alusão à Independência da Bahia, e seguirá para Recife para dois atos na capital pernambucana, encerrando uma viagem de dois dias pelo Nordeste brasileiro.

Recentemente, Lula teve atritos com setores do mercado, o que contribuiu para a alta do dólar na última semana. Na quarta-feira (26), a moeda chegou a R$ 5,518 após Lula questionar a necessidade de cortes de despesas ou aumento de receitas. Durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável na quinta-feira (27), Lula chamou de “cretinos” aqueles que afirmaram que o dólar subiu por causa de suas declarações, ressaltando que a alta ocorreu antes de sua entrevista. Com informações da Folha de S. Paulo.