23 de novembro de 2024
no interior do país, acontece um dos mais antigos festivais
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Há mais de 30 anos que julho é tempo de encontro com artistas e sonoridades que vêm de longe, diretamente para Tondela, num interior descomplexado e ávido pelo contacto com o outro, com a música, com a festa que se faz em ritmos e línguas diferentes.  

Pelos palcos do Tom de Festa já passaram nomes como Compay Segundo, Vieux Farka Touré, Richard Bona ou Chico César, muitos deles antes de serem conhecidos em Portugal e outros nomes de músicos incontornáveis portugueses (e vozes da Liberdade) como José Mário Branco, Fausto e Sérgio Godinho, entre muitos outros.  

É nesta relação, sempre cúmplice, entre as raízes da música portuguesa e a diversidade musical de ritmos, tons, comunidades e geografias que acontece o Tom de Festa, com mais ou menos dias, com maior ou menor orçamento, com concertos e espetáculos fora dos muros do Novo Ciclo ACERT, ou reunindo a todos no seu espaço numa atmosfera de relacionamento que fortalece vivências e relacionamentos afetivos não premeditados, mas espontâneos, imprevisíveis e autênticos. 

Em 2024, o Festival renova-se com quatro dias de espetáculos, 12 concertos com artistas de 10 países diferentes 

Do Gabão, chega a música de Pamela Badjogo que subirá ao palco com o seu novo álbum, explorando os dramas pessoais e as tradições rítmicas da África Ocidental. Com uma mistura de Afropop, Bwiti, Pygmy e Mandingo, Pamela celebrará o amor e a resiliência da mulher africana.  

O ritmo tropical colombiano estará em palco pela voz de Lao Ra que apresentará um concerto vibrante e eclético, misturando reggaeton com storytelling inspirado por artistas femininas como Debbie Harry e Madonna.  

Do Brasil chega Yamandu Costa com uma proposta que celebra a cultura ibero-americana, na companhia de Martin Sued, artista argentino, e José Manuel Neto, em representação da música portuguesa, num concerto que reúne o violão brasileiro, o bandoneón argentino e a guitarra portuguesa.  

Da vizinha Espanha chegam as notas calmas de Rita Payés, acompanhada por quarteto de cordas, que promete uma viagem musical que celebra a beleza do quotidiano e as raízes catalãs.  

De Cabo Verde, Lura traz os ritmos da Morna, o Funaná, o Batuque, num concerto especial com o Coletivo Gira Sol Azul em co-produção com a ACERT. O público poderá ouvir o tema de sucesso que conquistou todos “Nariná” e relembrar um concerto memorável no Bar ACERT, da artista, em 2001.  

Da Palestina e Alemanha, Jamila & The Other Heroes trazem um funk psicadélico com sonoridades que viajam da herança palestiniana dos músicos à cosmopolita Berlim onde vivem. Liderada por Jamila AlYousef, esta banda sobe ao palco com uma mensagem de união e inclusão, num concerto que promete transformar a pista de dança num espaço de celebração e conexão humana. 

 A música portuguesa terá também um lugar de destaque com concertos de Ana Lua Caiano, Criatura e Expresso Transatlântico, havendo ainda espaço para a celebração de 50 anos de liberdade num concerto que reunirá em palco a energia e voz vibrante de Selma Uamusse e Júlio Pereira para evocar as canções que nos acompanharam na revolução do 25 de Abril. 

A programação do festival, bem como os bilhetes, estão disponíveis em www.acert.pt/tomdefesta. 

Conteúdo patrocinado por ACERT.

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Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/tom-de-festa-no-interior-do-pais-acontece-um-dos-mais-antigos-festivais-portugueses-de-musicas-do-mundo/