A Polícia Federal (PF) revelou a descoberta de uma nova joia que teria sido desviada da União pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Trata-se de um objeto de ouro em forma de barco, cuja procedência ainda está sob investigação. Hoje, o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do inquérito sobre a venda das joias recebidas pelo ex-presidente.
A PF encontrou uma joia dourada em forma de barco. Junto a uma palmeira dourada, a joia faria parte de um terceiro conjunto de joias desviado pelo ex-presidente. Esse conjunto “engloba uma escultura de um barco dourado (…) e uma escultura de uma palmeira dourada”. Apenas a origem da palmeira é conhecida. Segundo a PF, a palmeira foi “entregue ao ex-presidente na data de 16 de novembro de 2021, durante sua participação no Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira”, no Bahrein. A origem do barco ainda não foi identificada, e a perícia ainda não estimou o valor dessas joias.
A PF já havia identificado outros dois conjuntos de joias supostamente desviadas por Bolsonaro utilizando o avião presidencial. O “kit ouro branco” ainda aguarda “perícia mercadológica”. Este kit inclui um conjunto de itens masculinos da marca Chopard, contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (“masbaha”) e um relógio, recebidos pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, após uma viagem à Arábia Saudita, em outubro de 2021.
O segundo kit foi vendido por US$ 86 mil, equivalente a R$ 470,9 mil em valores atuais. Esse kit contém um anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) e um relógio da marca Rolex, entregues a Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. Segundo o relatório da Polícia Federal, “[Esses kits] foram vendidos em lojas especializadas nos Estados Unidos, perfazendo um montante de US$ 86.000,00”.
O ex-presidente teria levado consigo as joias quando deixou o Brasil em 30 de dezembro de 2022. O relatório final da PF afirma que “Jair Messias Bolsonaro e sua equipe utilizaram o avião presidencial (…) na proximidade do fim de seu mandato para evadir do país os bens de alto valor desviados, levando-os para os Estados Unidos”.
A PF também mencionou a participação do general e filho do ex-presidente no desvio. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, detalhou o desvio em uma delação premiada, comprometendo o pai, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, então lotado no escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em Miami.
O general teria desempenhado “diversas atividades relevantes no contexto descrito” e guardado em sua casa, em Miami, “objetos que possivelmente foram dados como presentes oficiais de autoridades estrangeiras a Jair Messias Bolsonaro em viagens internacionais, para serem vendidos nos Estados Unidos”, conforme a investigação. O general e o filho ficaram encarregados de mandar os kits para avaliação. Segundo o relatório, eles “encaminharam os objetos desviados, pertencentes ao acervo público brasileiro, para estabelecimentos comerciais especializados, para serem avaliados e vendidos por meio de leilão”.
O general também seria responsável por receber o dinheiro “em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro”.
Com informações do UOL.
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