20 de setembro de 2024
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Em meio à tentativa de aproximação com o eleitorado evangélico, a desaprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou de 58% para 52% em comparação com maio deste ano. É o que aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. A aprovação do petista pelo setor, predominantemente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), variou de 39% para 42% no período. A margem de erro é estimada em dois percentuais para mais ou para menos.

Uma variação positiva também foi observada na avaliação geral do governo pelo grupo. A parcela dos entrevistados que classifica a gestão petista como negativa oscilou positivamente de 42% para 39%, enquanto os que avaliam como positiva variou de 23% para 26%. Outros 30% disseram que o governo é regular (eram 32%) e 5% não souberam ou não responderam (eram 3%).

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas de 16 anos ou mais no período de 5 a 8 de julho. Foram realizadas entrevistas presenciais em 120 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Lula tenta se aproximar do setor desde o começo do seu terceiro mandato, mas tem patinhado nas tentativas. Parte da estratégia do Palácio do Planalto para se aproximar foi lançar uma campanha publicitária para o setor neste ano, batizada de “Fé no Brasil”.

Nos últimos meses, o governo vem tentando reduzir o desgaste com os evangélicos. Em maio, na 32ª edição da Marcha para Jesus, realizada em São Paulo, Lula não compareceu, mas enviou uma carta na qual afirmou que o evento tem “dimensão extraordinária” e que a igreja tem papel “vital” nos compromissos de seu governo. Ele foi representado pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e ajuda no diálogo da gestão federal com o segmento.

No mês seguinte, em outra sinalização aos evangélicos, o titular da pasta dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, iniciou uma ofensiva para tentar abrir um canal de diálogo com o segmento. Já no início de julho, Lula e a primeira-dama Janja se reuniram com a vereadora de Goiânia (GO) Aava Santiago, que tem atuado como uma ponte do governo federal com o segmento. Na visita, a vereadora de Goiânia usava a camiseta com a expressão “malocrente” — mistura das palavras “maloqueira” e “crente”.

Com informações do GLOBO.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/pesquisa-genial-quaest-desaprovacao-de-lula-recua-entre-evangelicos-em-meio-a-tentativa-do-governo-de-se-aproximar-do-grupo/