É quase que um consenso, ao pensar em viajar para curtir um friozinho de inverno, ir para o sul, ou até para fora do Brasil. Mas, há uma opção de destino que oferece, além do frio, uma grande coleção de atrativos de inverno: Minas Gerais. Desde a culinária, que já leva a fama de ser uma das melhores do país, até paisagens históricas e naturais de tirar o fôlego, o estado é uma alternativa completa para quem quer viajar no inverno, com experiências para todos os perfis de viajantes.
Não foi à toa que Minas Gerais destacou-se em 2023 como líder no crescimento do turismo no Brasil, recebendo mais de 31 milhões de visitantes, conforme o mais recente relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais, baseado em dados do IBGE.
Buscando manter a boa colocação e elevar ainda mais os números do estado no turismo, o Governo do Estado lançou, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a campanha “Inverno em Minas”. O projeto celebra e enaltece a Cozinha Mineira, patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais. Destaca-se nesta estação do ano receitas típicas que incluem pratos e caldos à base de milho e mandioca, alimentos reconhecidos como parte desse patrimônio. Além disso, são apreciados quentão, pão de queijo, e os renomados vinhos, azeites e cafés produzidos no estado. Além, é claro, do queijo, um ícone da cultura mineira, que tem, inclusive, o Queijo Minas Artesanal concorrendo ao título de Patrimônio Mundial da Unesco.
Programação em julho e agosto
Ações do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” estão programadas para serem realizadas em meio à campanha Inverno em Minas. Em julho, mês em que se comemora o Dia da Gastronomia Mineira, o Prêmio Eduardo Frieiro reconhecerá profissionais e organizações de destaque da cadeia produtiva da culinária mineira. Na segunda quinzena de julho acontecerá um jantar em homenagem à Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea.
A expectativa é que cerca de 500 ações aconteçam em aproximadamente 400 municípios até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno.
Para divulgar a campanha Inverno em Minas e os Circuitos de Inverno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, convidou 40 jornalistas e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil para uma experiência imersiva no inverno de Minas Gerais. O jornal O Imparcial foi um dos veículos convidados a enviar um jornalista ao estado e participar do projeto. Do dia 27 ao dia 30 de junho, os jornalistas se dividiram entre cinco roteiros preparados com base no que o estado tem de melhor.
A viagem começou no dia 27 de junho, em Belo Horizonte, com um jantar de boas-vindas no Palácio da Liberdade, comandado pelo chef Leonardo Paixão, expoente da cozinha mineira contemporânea, além da presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, que recepcionou todos os convidados e explicou o objetivo do projeto.
“Somos competitivos no mercado nacional e internacional neste período do ano. O ‘Inverno em Minas’ significa mostrar para o Brasil e para o mundo a potência desse período no estado de Minas Gerais como um todo. De Monte Verde a Tiradentes, passando pela região da Mantiqueira e outras regiões, as cidades estão realmente preparadas para acolher quem quer vir a Minas Gerais. Abre-se um leque impressionante para que possamos continuar crescendo o dobro da média nacional”, afirma o secretário.
O governador do estado, Romeu Zema, mesmo em agenda no interior de Minas, fez questão de participar do encontro, e, através de chamada de vídeo, deu boas vindas aos visitantes e falou sobre as riquezas turísticas do estado.
“O secretário Leônidas e a equipe dele tem como missão tornar esse setor tão importante, cada vez mais importante. Minas tem todos os adjetivos para atrair turistas, exceto um, nós não temos praias. Mas temos aqui montanhas de sobra, temos a maior parte do patrimônio cultural e histórico do Brasil, temos uma cozinha que é de dar inveja, temos um povo extremamente acolhedor”, disse.
Zema também explicou como o crescimento do turismo no estado tem impacto diretamente na economia. “Hoje, quem investe em Minas enfrenta menos burocracia, tem mais agilidade nas questões tributárias, ambientais, que passam pelo governo, e nós temos nos tornado um Estado cada vez mais atrativo para investimentos. Tanto é que temos a menor taxa de desemprego da história desde que essa atual metodologia do IBGE foi implantada”, explicou.
Após um dia de recepção, que deu o gostinho inicial do que Minas tem de melhor, o grupo foi dividido em cinco e seguiu para cada um dos roteiros: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Serro e Lapinha da Serra; e o Território Estrada Real com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.
Território Espinhaço/Diamantes é uma síntese do melhor de Minas Gerais
A Serra do Espinhaço tem paisagens de tirar o fôlego em toda sua extensão e, principalmente, nas charmosas cidades históricas que tiveram seu apogeu no Ciclo dos Diamantes, do século XVIII. Com arquitetura colonial e imponentes obras do Barroco Mineiro, casarões, sobrados e igrejas pintados de branco e azul dividem a paisagem com os picos e vales que emolduram o horizonte.
Dos passeios ecológicos ou rurais, às belezas arquitetônicas e às artes da cozinha mineira, o Território Espinhaço/Diamantes convida os visitantes a uma viagem no tempo com um passeio a Biribiri, bucólico vilarejo do século XIX de Diamantina, quase deserto e bem preservado. O lugar faz parte do Parque Estadual do Biribiri e foi construido para abrigar uma grande indústria têxtil. Com o fechamento da fábrica, a vila foi abandonada pela maioria dos moradores e, hoje, é um passeio aconchegante para apreciar a natureza do parque, com suas Cachoeiras Sentinela e dos Cristais, e aproveitar um almoço bem tradicional, feito no fogão à lenha.
A apenas 12km de Biribiri está Diamantina, Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, por sua herança histórica e cultural. Ruas de paralelepípedos são ladeadas por casarões coloniais, igrejas barrocas, capelas, e a cidade pulsa ao som de clássicos das serestas, serenatas e vesperatas.
Alguns destaques que chamam a atenção são a Casa da Glória, famosa por seu passadiço que liga duas casas coloniais sobre a rua e que abriga um museu com objetos de época; a Igreja São Francisco de Assis, uma joia do barroco de 1762, onde está o túmulo de Chica da Silva; e o Chafariz do Rosário, um histórico ponto de encontro na cidade.
Diamantina foi o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII, o que refletiu em uma arquitetura sóbria, simples, porém refinada se comparada com outras cidades da mesma época. O local tem uma programação cultural rica ao longo de todo o ano e ótimas opções de bares e restaurantes como o Relicário, da chef Rachel Palhares, expoente da cozinha mineira contemporânea. Broas, bolos, biscoitos, rosquinhas, pães de queijo e o que mais acompanhar um bom cafezinho, tudo feito com ingredientes da roça como o milho, mandioca, leite e queijo.
O queijo é, inclusive, um dos grandes atrativos do Território Espinhaço/Diamantes, que conta com microrregiões produtoras da iguaria reconhecidas pelo Governo do Estado: Diamantina e Serro. Essa é uma certificação que atesta a importância cultural da produção queijeira, a qualidade dos produtos, o controle de segurança na produção e as características próprias de cada terroir.
O modo de fazer o queijo artesanal do Serro também é reconhecido como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (lepha-MG), e Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (iphan), sendo o primeiro bem cultural registrado como patrimônio imaterial no Brasil. São várias as queijarias na região, cada qual com suas particularidades e prêmios recebidos nos principais concursos queijeiros do mundo.
Uma visita a uma fazenda produtora de queijo do Serro pode ser uma experiência única para acompanhar uma tradição tricentenária. São várias as queijarias da região que recebem visitantes, como a Fazenda Boa Vista, produtora do premiado Queijo Bom Sucesso.
Por lá, é possível acompanhar todo o processo desde a ordenha das vacas até a maturação das peças. Os visitantes também podem degustar os diferentes tipos de queijo como o fresco, o meia-cura e o curado, e apreciar o sabor e o aroma característicos da região.
A cidade do Serro também é uma joia colonial, de arquitetura barroca, cravada na Serra do Espinhaço. Foi fundada como sede de uma das quatro primeiras comarcas da Capitania das Minas Gerais e ainda guarda as características das vilas setecentistas mineiras – o que lhe valeu ser o primeiro município brasileiro a ter seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Iphan, em 1938. Suas igrejas impressionam pela ornamentação e a pintura em perspectiva nos forros, ao lado do notável conjunto de sobrados.
Além do importante acervo histórico-arquitetônico, a região guarda também outro importante aspecto de sua riqueza cultural do passado: as tradições folclóricas e religiosas como a Festa do Rosário. O evento acontece sempre no meio do ano, promovido pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário desde 1716.
*Com informações da Secretária de Comunicação do Estado de Minas Gerais
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/07/mg-oferece-experiencia-completa-de-inverno/