O PIX chegou no Brasil como uma forma versátil de realizar transações em dinheiro instantaneamente. Contudo, esse mecanismo também abriu brechas para a criatividade de criminosos que desejam tirar vantagem da ferramenta e subtrair valores das contas das vítimas.
A seguir, entenda como funciona o golpe do “PIX errado” e como se proteger.
O que é e como funciona o golpe do PIX errado?
Quem utiliza o PIX há muito tempo já sabe que é possível fazer uma transação para outra conta bancária apenas com o uso de uma chave de identificação, que podem ser: e-mail, telefone celular, CPF, etc. Desta forma, em virtude de realizar a transferência e ainda manter contato direto com a vítima, os criminosos preferem utilizar como chave o número de celular, sabendo que ele está conectado a um perfil do WhatsApp.
Em seguida, entram em contanto pelo app de mensagens para informar o acontecido e solicitar que o dinheiro seja devolvido. O truque utilizado consiste no seguinte: ao mesmo tempo em que o criminoso espera que a vítima realize uma transação de volta para ele, a fim de devolver a quantia enviada, ele também aciona o MED para forçar o banco da vítima a acessar a conta dela e enviar a mesma quantia novamente. No fim, ele recebe o valor duas vezes.
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Por exemplo, o criminoso envia R$ 700 reais via PIX e entra em contato com você para que devolva este dinheiro. Mas, enquanto conversa com você, ele já ativou o MED PIX, que vai “obrigar” o banco da vítima a devolver o dinheiro. Então, ele recebe R$ 700 duas vezes, totalizando R$ 1.400.
O MED PIX é um sistema de segurança contra golpes que foi criado pelo Banco Central. Com ele, a pessoa que fez um PIX errado consegue registrar o ocorrido no banco de onde o dinheiro saiu e isso é enviado ao Banco Central. Assim, se confirmada a necessidade de reembolso, o Banco Central exige que a conta bancária do recebedor estorne o dinheiro.
Como se proteger do golpe do PIX errado?
De forma geral, o mais indicado é que o recebedor do PIX entre em contato com o seu banco para informar sobre a situação. Dependendo da instituição financeira, esse contato pode ser feito por chat no aplicativo do banco, por telefones oficiais da empresa e até por e-mail.
Realizar esse contato com a instituição é importante porque além dela analisar as suas transações, também ficará no aguardo de alguma solicitação MED que a outra pessoa (nesse caso, um criminoso) tenha enviado para reaver o dinheiro. Nisso, as chances são muito baixas de o dinheiro ser devolvido em dobro e causar algum prejuízo.
Se possível, também é recomendável gravar a tela do seu celular que mostra a chegada da transação e a conversa que o criminoso teve com você, pois isso também pode constar como prova. No momento de gravar as informações, lembre-se de salvar a foto de perfil e o número de telefone do criminoso, as mensagens trocadas, as informações bancárias dele e o registro da transação “feita por engano”.
Caso a situação tome um rumo diferente do programado, sempre tire dúvidas com sua instituição financeira por meio de canais oficiais e, se necessário, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.
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