21 de setembro de 2024
Compartilhe:

O aumento do eleitorado juvenil interrompeu a tendência de queda das últimas eleições municipais, embora ainda esteja abaixo do número registrado em 2008, quando 2,9 milhões de jovens de 16 e 17 anos votaram.  

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 1.836.081 eleitores nessa faixa etária poderão votar em outubro, nas eleições municipais, um crescimento de 7,8% em relação aos 1.030.563 de 2020, segundo dados analisados pela Folha de S.Paulo.

Este ano, o eleitorado brasileiro cresceu 5,4%, atingindo 155.912.680 eleitores, comparado aos 147,9 milhões de 2020.

O Maranhão lidera com o maior percentual de eleitores adolescentes, 3,13%, seguido por Roraima (2,74%), Tocantins (2,65%), Acre (2,57%) e Amapá (2,45%). As eleições municipais de 2024 ocorrerão em 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno, onde aplicável).

O cálculo doTSE exclui os eleitores do Distrito Federal e Fernando de Noronha (PE), que não participarão das eleições este ano. A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, destacou que o aumento no número de eleitores reflete a sistematização do cadastramento eleitoral e a construção da cidadania.

São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do Brasil, têm 9,3 milhões e 5 milhões de eleitores, respectivamente. O estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral, com 34.403.609 eleitores (22% do total), sendo 53% mulheres e 47% homens, representando 77,46% da população estadual. A capital paulista concentra 27% do eleitorado do estado.

Identidade de gênero na eleição

A eleição de 2024 introduz a possibilidade de eleitores informarem sua identidade de gênero. Dos 155,9 milhões de eleitores, apenas 10% atualizaram essa informação. Entre os títulos atualizados, 89,17% se declararam cisgênero, 10,53% preferiram não informar e 0,3% se identificaram como transgênero. Dentre as 47.222 pessoas que se declararam transgênero, 11.740 também incluíram o nome social no título de eleitor, uma opção disponível desde 2018.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/apos-drastica-queda-durante-a-pandemia-volta-a-crescer-numero-de-eleitores-de-16-e-17-anos/