22 de setembro de 2024
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresentou nesta sexta-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) explique uma declaração que a associou a “roubo de joias”, “rachadinha” e “golpe de Estado”. Michelle quer que Gleisi seja obrigada a esclarecer a quais fatos específicos se refere e qual teria sido sua conduta relacionada.

A declaração questionada foi feita por Gleisi na semana passada na rede social X. A deputada e presidente do PT listou possíveis candidaturas ao Senado de membros da família Bolsonaro — incluindo Michelle, o deputado federal Eduardo (PL-SP), o vereador Carlos (PL-RJ) e o já senador Flávio (PL-RJ) — e mencionou crimes que teriam sido cometidos por eles. “Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flavio e até o Carlos. Depois de roubar joias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o que importa é isso, se garantirem. Não é sobre Deus, Pátria e Família, é só a própria, com muito dinheiro e poder”, escreveu Gleisi.

Na ação apresentada ao STF, Michelle afirma que a deputada atribuiu a ela “fatos criminosos sabidamente falsos e passíveis de macular acintosamente sua reputação perante seus pares e a sociedade brasileira, visto que é uma pessoa pública e conhecida no cenário político nacional”.

Ela solicita que o STF determine que Gleisi “esclareça sobre quais fatos está se referindo ao imputar à interpelante o suposto ‘roubo de joias’, ‘rachadinhas’ e ‘golpe para se manter no poder’” e “esclareça objetivamente o contexto, indicando a conduta da interpelante” nesses alegados crimes.

Michelle foi investigada em relação a um suposto esquema de desvio de joias da Presidência da República, mas não foi incluída na lista de indiciamentos da Polícia Federal (PF). Seu marido, Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome de Michelle também surgiu nas investigações sobre um suposto esquema de desvio de salários de assessores — conhecido como “rachadinha” — envolvendo Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual. A quebra do sigilo bancário de Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flávio e suspeito de ser o operador do esquema, revelou que ele e sua esposa repassaram R$ 89 mil para Michelle entre 2011 e 2016. Bolsonaro alegou que o montante correspondia ao pagamento de um empréstimo.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/michelle-pede-ao-stf-que-gleisi-hoffman-explique-associacao-de-seu-nome-a-roubo-de-joias-golpe-de-estado-e-rachadinha/