Gazeta do Leste - O Jornal que virou Portal.

Compartilhe:

Os avanços de IA parecem estar cada vez mais rápidos, com muitas capacidades impressionando dia após dia. Agora, as previsões de especialistas já alegam que, no próximo ano, teremos IAs capazes de conversar entre si, sem um humano participando.

Agentes alimentados por inteligência artificial serão capazes de trabalhar juntos e resolver tarefas em um chamado “sistema de IA multiagente” até 2025.

A Capgemini, empresa de serviços de tecnologia, acredita que tal sistema implicaria um conjunto de agentes que trabalham juntos para resolver tarefas de forma distribuída e colaborativa. Pascal Brier, diretor de inovação da companhia, disse à CNBC em entrevista que a Capgemini já está “vendo empresas que estão discutindo essas tecnologias de agentes”.

Ele acrescentou que aplicações que usam múltiplos agentes autônomos “é realmente o que devemos esperar no próximo ano”.

A Capgemini define os agentes de IA como “tecnologia projetada para funcionar de forma independente, planejar, refletir, perseguir objetivos de alto nível e executar fluxos de trabalho complexos com supervisão humana limitada ou mínima”

Essencialmente, seriam agentes de IA que trabalhando para concluir tarefas programadas, mas sem que um humano precise estar durante todo o tempo orientando as ações dessa IA.

Leia mais:

14 perguntas e respostas sobre Inteligência Artificial (IA)
10 conceitos mais importantes para dominar IA
Inteligência artificial preditiva: conheça a IA que “prevê” o futuro

Agentes de IA concluiriam tarefas em empresas podendo interagir entre si (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

Como seriam os “agentes de IA” interagindo entre si

Brier relata que os chamados agentes de IA se enquadram em dois tipos: agentes individuais que realizam tarefas em seu nome e tecnologia multiagente ou “agentes conversando com agentes”.
O executivo exemplificou: um agente de IA focado em marketing que esteja criando uma campanha publicitária para uma organização a ser executada na Alemanha poderia trabalhar de forma autônoma com outro agente no departamento jurídico da mesma organização para garantir que ela seja legalmente válida.
Ao contrário dos sistemas convencionais de IA que apenas seguem instruções, estes agentes “podem compreender, interpretar, adaptar-se e agir de forma independente e, para determinadas tarefas, são capazes de substituir trabalhadores humanos”, diz Brier.

Segundo a Capgemini, 71% das organizações preveem que os agentes de IA facilitarão a automação, enquanto 64% das empresas esperam que irão aliviar os trabalhadores humanos de tarefas repetitivas e permitir-lhes concentrar-se em funções consideradas de maior valor, como aprimorar a experiência do cliente.