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Uma operação do Ministério da Justiça conseguiu apreender um montante de 982 celulares em celas de presídios brasileiros. A ação batizada de “Mute” ocorreu em 107 penitenciárias, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A operação durou três dias e teve término na última sexta-feira (26), mas os dados finalizados foram levantados à CNN nesta segunda (29).

Além dos celulares, os policiais penais – federais e estaduais – confiscaram 1.000 carregadores, 29 roteadores de internet, 19 pen drives, 314 fones de ouvido e 397 chips.

Ao todo, 3.067 celas foram fiscalizadas por 3.463 agentes.

O objetivo da operação é identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de cortar a comunicação do crime organizado.

A estratégia é que, sem comunicação com o mundo externo, crimes orquestrados com facções criminosas a mando de presos possam ser impedidos.

Além dos aparelhos, os policiais apreenderam nas celas com os detentos 348 materiais cortantes (canivetes), 22 balanças de precisão, 2.220 porções de maconha e 2.650 porções de cocaína.

Essa é a quinta fase da operação Mute. Em cinco fases, foram 4.757 celulares apreendidos, quatro explosivos e três armas de fogo.

Operação apreende 982 celulares e 1 mil carregadores em presídios brasileiros / Senappen/MJSP

Os presos que são flagrados com os itens proibidos respondem a processo interno, o que pode dificultar que ele saia da cadeia em saídas temporárias, pois fica registrado na ficha como mal comportamento.

“Trata-se de uma operação importantíssima e resulta na integração das polícias penais de todos os estados com a Polícia Penal Federal em um trabalho fortemente direcionado a impactar na comunicação do crime fora dos muros das unidades prisionais. Estamos convictos que vai resultar na queda de indicadores criminais, especialmente letais e intencionais”, explica o secretário nacional de políticas penais, André Garcia.