20 de setembro de 2024
Compartilhe:

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou nesta terça-feira (6) a redução da taxa de juros do país, fixada em 10,5%. Lindbergh classificou a gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como “obtusa e ruinosa”.

O parlamentar subiu o tom contra a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que decidiu, em 31 de julho, manter o patamar da taxa de juros em 10,5%. Foi a segunda reunião consecutiva sem alterar o percentual.

Lindbergh ressaltou que as bolsas de valores no mundo inteiro registraram forte queda na segunda-feira (5), por conta da possibilidade de desaceleração e uma eventual recessão da economia nos Estados Unidos. 

O deputado argumentou que a desaceleração na economia americana acontece em decorrência da decisão do FED (Federal Reserve Bank) de manter a taxa de juros elevada por muito tempo. Existem projeções do mercado financeiro de que haja um corte considerável nas taxas de juros nos Estados Unidos.

“Nesse novo contexto mundial, o Banco Central vai insistir na segunda maior taxa de juros do mundo? Vamos insistir no corte de gastos em cima dos pobres e da economia real?  As expectativas não estão suficientemente ancoradas?  O Brasil tem de superar essa política obtusa e ruinosa”, afirmou Lindbergh.

O entendimento do parlamentar vai ao encontro do discurso foi pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, durante agenda em São Paulo, na segunda-feira (5). Alckmin criticou a manutenção da taxa de juros em 10,5% ao ano e disse que os juros altos “atrapalham a economia”.

“Não tem razão para o Brasil ter a segunda maior taxa de juros real do mundo, atrás apenas da Rússia, que está em guerra. Não tem sentido isso. Isso atrapalha muito a economia”, disparou Alckmin.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/lindbergh-e-alckmin-pressionam-campos-neto-pela-reducao-da-taxa-de-juros/