21 de setembro de 2024
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O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) afirmou nesta quarta-feira (7) que Eduardo Paes (PSD), seu adversário na corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro, “não é um voto antifascista” nem tem o apoio de toda a esquerda.

“O Eduardo Paes não é um voto contra a extrema direita, e ele próprio continua a comprovar esse tipo de situação”, declarou.

Tarcísio foi o 3º entrevistado pelo g1 na série com os pré-candidatos nas eleições deste ano. Já foram ouvidos Eduardo Paes, na segunda (5), e Alexandre Ramagem (PL), na terça (6).

No entendimento do psolista, “parte da esquerda identificou que era preciso fazer uma aliança grande em torno do Eduardo Paes” — o Agir, o PT, o PCdoB, o PV, o PDT, o PSB, o PRD, o Podemos e a Democracia Cristã confirmaram que vão apoiar a reeleição do prefeito.

“Vejamos agora que ele nomeia Otoni de Paula, um bolsonarista de quatro costados, para ser seu coordenador de campanha. Agora, inclusive, nomeou aliados do Otoni para a Fundação Jardim Zoológico”, disse.

“Não era possível romper com a nossa coerência com aquilo que a gente defende para essa cidade”, justificou.

“Fazemos alianças programáticas. Não fazemos essas alianças de pragmatismo eleitoral para garantir tempo de TV ou mais recurso do fundo eleitoral”, destacou. O PSOL obteve apoio formal da Rede e do PCB.

“O PSOL foi oposição ao Eduardo Paes, uma oposição programática, sempre propondo e até votando favorável quando era necessário votar favoravelmente”, lembrou.

Apoios da esquerda

“Nós temos tido o apoio declarado de militantes ou mesmo de figuras públicas do PT, do PV, do PDT — antigos brizolistas —, do PSB de vários partidos de esquerda que reconhecem na nossa candidatura uma alternativa de esquerda para a cidade do Rio de Janeiro”, disse.

“Nós hoje fazemos parte do governo Lula. Fazemos parte, inclusive, com ministérios no governo Lula. Somos base de apoio”, lembrou.

Ainda segundo Tarcísio, “Eduardo Paes sempre mudou de lado feito biruta”. “Paes nasceu tucano, depois votou a favor do impeachment da Dilma, depois votou em Bolsonaro em 2018 e se tornou um aliado de Lula apenas no final do 1º turno [de 2022]”, declarou.

“Nós estamos atraindo os eleitores do PT. Nós não vamos esconder o Lula como Eduardo Paes vai fazer na campanha.”

Com informações do g1.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/eleicoes-no-rio-eduardo-paes-nao-e-um-voto-contra-a-extrema-direita-diz-candidato-do-psol-sobre-apoio-de-parte-da-esquerda-ao-prefeito/