Desde que afirmou que os protestos e conflitos que ocorrem atualmente no Reino Unido levariam a uma inevitável guerra civil, o bilionário Elon Musk despertou a ira de autoridades e políticos britânicos, que não pouparam críticas ao dono do X, antigo Twitter.
Seguindo no tom de quem já havia disparado julgamentos ao bilionário, Peter Kyle, secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, disse que Elon Musk é “a única pessoa que não presta contas a ninguém” e o seu impacto no discurso público não deve ser subestimado.
Em uma entrevista, publicada nesta quarta-feira (07) no The Times, Kyle diz que Elon Musk tem o poder de influenciar os principais assuntos mundiais — até mesmo a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Kyle acrescentou que a relação que o Reino Unido tem com empresas como o X e outras grandes empresas de redes sociais “é muito mais semelhante às negociações com colegas secretários de estado de outros países, simplesmente devido à escala e ao alcance que têm”.
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O secretário não é o único funcionário do governo a criticar Elon Musk. Na segunda-feira, o porta-voz oficial do primeiro-ministro britânico disse que “não havia justificativa” para comentários como os feitos pelo do X.
Além disso, Heidi Alexander, ministra dos tribunais do Reino Unido, disse na última terça-feira, em resposta aos comentários de Musk, que qualquer pessoa com uma plataforma nas redes sociais deveria “comportar-se de forma responsável” com essa plataforma e que associar os tumultos à guerra civil é “totalmente injustificado”.
Reino Unido tenta combater desinformação online
- Kyle manteve conversas com empresas de mídia social, incluindo TikTok, empresa-mãe do Facebook, Meta, Googlee X em relação aos tumultos, para lembrá-los da sua responsabilidade no combate à desinformação online.
- O Reino Unido aprovou no ano passado a Lei de Segurança Online, uma lei histórica que visa aumentar a fiscalização de conteúdos ilegais e prejudiciais na Internet.
- No entanto, o órgão regulador dos meios de comunicação e telecomunicações, Ofcom, que é o regulador encarregado de fazer cumprir a lei, não pode tomar medidas contra as empresas por permitirem publicações prejudiciais que incitem os tumultos em curso, uma vez que nem todos os poderes da lei entraram em vigor ainda.
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