Os tênis com placa de carbono, conhecidos como “super tênis”, têm conquistado corredores de todas as categorias, desde competidores de maratonas olímpicas até participantes de corridas de rua locais.
Introduzidos pela Nike em 2017 com o modelo Vaporfly 4%, esses tênis revolucionaram o mercado ao prometer um aumento de desempenho de 4% em comparação com tênis de corrida convencionais. Essa inovação quase foi proibida nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 devido ao seu impacto significativo.
O que são os super tênis?
Tradicionalmente, tênis de corrida eram fabricados com espuma EVA (acetato de vinil de etileno), material conhecido por sua leveza e amortecimento.
No entanto, os super tênis introduziram a espuma PEBA (poliamida de bloco de éter), que oferece maior retorno de energia e menor peso. Além disso, esses tênis possuem uma placa de fibra de carbono na entressola, que, apesar de seu funcionamento ainda ser debatido, proporciona maior estabilidade e uma superfície rígida para impulsionar o corredor.
Essas características, incluindo a construção leve e a espuma de alta resiliência, teoricamente tornam os movimentos do corredor menos desgastantes energeticamente, facilitando corridas mais rápidas em longas distâncias.
Desempenho e impacto dos super tênis
Corredores profissionais já obtiveram recordes impressionantes usando super tênis. Eliud Kipchoge, por exemplo, usou um par desses tênis para quebrar a barreira das duas horas na maratona. Mas será que esses benefícios se aplicam a corredores amadores?
O jornal americano The New York Times realizou testes com corredores de diferentes níveis, que revelaram resultados variados. Embora alguns não tenham percebido grandes melhorias, outros relataram um aumento na sensação de velocidade e um impulso adicional em cada passada.
Esses benefícios, no entanto, podem estar relacionados tanto ao efeito placebo quanto à adaptação do corpo ao novo calçado.
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Controvérsias e considerações
Os super tênis geram debates sobre a ética de seu uso, especialmente em competições. Alguns especialistas comparam a vantagem proporcionada por esses tênis à dopagem tecnológica, questionando se é justo competir contra atletas que não utilizam esse tipo de calçado.
Outros argumentam que, assim como no tênis, onde raquetes modernas permitem golpes mais fortes, os avanços tecnológicos são parte natural do esporte.
Vale a pena investir?
Antes de comprar um par de super tênis, é importante considerar que eles são mais adequados para corridas em que você pretende se esforçar ao máximo. Usá-los para corridas leves pode não oferecer os mesmos benefícios e, além disso, há o risco de lesões devido à instabilidade do calçado, especialmente em terrenos irregulares.
O custo elevado também é uma barreira, com alguns modelos de tênis com placa de carbono custando cerca de R$ 1.500 a R$ 4.000, o que pode torná-los inacessíveis para muitos corredores amadores. No entanto, para aqueles que buscam quebrar recordes pessoais ou melhorar significativamente o desempenho, os super tênis podem ser uma ferramenta valiosa.
Para corredores amadores, a decisão de investir em super tênis deve ser ponderada. Embora divertidos e eficazes, não são essenciais para quem corre por prazer ou saúde, mas sim para aqueles que buscam performance acima de tudo.
O post Super tênis com placa de carbono: revolução ou exagero para corredores amadores? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/08/12/reviews/super-tenis-com-placa-de-carbono-revolucao-ou-exagero-para-corredores-amadores/