26 de novembro de 2024
Maranhão registra 15 afogamentos em 7 meses
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Quinze pessoas perderam a vida por afogamento, nas praias, lagos e rios do estado do Maranhão, em 2024, segundo informou o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). No primeiro semestre deste ano, em todo o Maranhão, foram registrados 35 atendimentos relacionados a afogamentos. Em 2023, foram 90 registros de afogamentos, sendo 45 com óbitos.
No mais recente caso, ocorrido no dia 2 de agosto, na Praia de São Marcos, um momento que era para ser de lazer entre amigos e família, acabou em tragédia.

Dois adolescentes, de Paraupebas (PA), se afogaram, sendo que um foi resgatado das águas e hospitalizado, e o outro, infelizmente, só foi encontrado na noite do último domingo (4), após intensa busca pelo Corpo de Bombeiros. A vítima tinha 14 anos e o corpo estava a 1km do ponto onde ele havia se afogado. O trabalho contou com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA).

Milhares de abordagens na orla de São Luís

No primeiro semestre já foram mais de 15 mil abordagens na orla de São Luís,  em todo o estado. Em todo o mundo são cerca de 500 mil mortes por afogamento. No Brasil, 5,5 mil, sendo as maiores vítimas as crianças e jovens, segundo a ONU. Esta é a segunda causa de mortes em crianças de um a quatro anos, no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

“Nossas equipes estão equipadas e a postos para a prevenção e promoção de medidas determinantes, a fim de minimizar os acidentes na água e salvar vidas. É muito importante que as pessoas tenham atenção às orientações, para evitar estas ocorrências. A colaboração de todos é fundamental para garantir que os momentos de lazer sejam vividos com tranquilidade e segurança à beira da água”, pontuou o major do Corpo de Bombeiros, Pablo Moura. As ações são executadas pelo Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar).

Em caso de ocorrências, o banhista pode se dirigir aos postos do BBMar nas praias ou utilizar os canais telefônicos: 193 (Corpo de Bombeiros), 190 (Ciops) e 192
(Samu).

Especialista alerta para casos de afogamento

“Situações como insolação e até mesmo afogamentos merecem cuidado e atenção, especialmente com relação às crianças”, alerta a enfermeira e docente da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Flávia Monari, sobre os cuidados,  especialmente com as crianças, que são mais vulneráveis a situações de risco.

A professora orienta sobre os cuidados e destaca a importância dos primeiros socorros.

  “Nunca deixe crianças sozinhas ou sob os cuidados de outra criança em locais com água, como banheiras, piscinas, rios ou praias.  Use coletes salva-vidas em vez de boias infláveis, que podem estourar ou virar a qualquer momento. Em casos de afogamento, retire a criança da água o mais rápido possível, verifique se ela está respirando e, se não estiver, comece a realizar a respiração boca a boca e a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente.” Além disso, é importante acionar os serviços de emergência o quanto antes.

Recomendações

  • Mantenha crianças sob supervisão constante;
  • Permaneça sempre em uma profundidade segura;
  • Dê 100% de atenção às crianças, jamais deixá-las sozinhas na água;
  • Não entre na água se estiver alcoolizado;
  • Não entre no mar/rio em áreas sinalizadas com bandeiras vermelhas;
  • Permanecer na água somente até a altura da cintura;
  • Evitar brincadeiras como simulações de afogamentos;
  • Não realizar saltos para no rio;

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/08/maranhao-registra-15-afogamentos-em-7-meses/