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A Música Portuguesa a Gostar dela Própria (MPAGDP) nasceu da necessidade da democratização do acesso a gravações de práticas e repertórios e mundos, que não eram assim tão fáceis de alcançar e “Esta Antologia da Música Regional Portuguesa cantada por mulheres foi gravada nos últimos 14 anos e gostava que fosse cantada hoje por coros, indivíduos e colectivos.“, assume Tiago Pereira, responsável do projecto, em comunicado. “É uma forma de se partilhar conhecimento neste mundo, que cada vez precisa mais de saber procurar informação, quando ela é tão rápida e em demasia.“, refere ainda.
Quase 15 anos passaram e o país mudou, se há 15 anos ainda se sentia uma certa vergonha por um Portugal mais rural e a existência de sociedades mais primitivas hoje o “global local” veio mudar tudo e existem muitas pessoas que tocam adufe, que cantam, que têm interesse na música mais regional e o cantar surgiu de novo. Há um novo aglutinador de colectivos e comunidades. No entanto, hoje o repertório que foi fixado e cristalizado por estes novos colectivos é ainda muito reduzido, comparando com aquilo que existe na realidade.
Em 2024, a Música Portuguesa a Gostar dela Própria (MPAGDP) vem “afirmando-se como um depósito de canções e práticas que urge divulgar e apresentar, para que sejam fixadas e cantadas novas canções e novos repertórios.“, refere Tiago Pereira no mesmo texto. “Escolhi então 21 canções que me ocuparam durante estes anos todos, para partilhar convosco. São cantigas cantadas por mulheres no país todo, ilhas incluídas, interpretadas por várias gerações, com várias influências e passados. Umas mais alegres, outras mais tristes, umas com mais vozes, outras com menos.“, assume ainda.
Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/musica-portuguesa-a-gostar-dela-propria-lanca-antologia-da-musica-regional-portuguesa-cantada-por-mulheres/