25 de novembro de 2024
Marçal tenta amenizar críticas do clã Bolsonaro e defende candidatura
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Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, respondeu à recente ofensiva do clã Bolsonaro com uma tentativa de conciliação. Marçal elogiou publicamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “irmão” e expressando seu apoio à possível candidatura de Eduardo ao Senado em 2026. Ele afirmou: “Você será o nosso senador por São Paulo” e acrescentou: “Pra cima, irmão”, em uma postagem no X (antigo Twitter).

No entanto, a relação entre Marçal e os bolsonaristas tem se tornado cada vez mais tensa. A candidatura de Marçal tem causado preocupação entre aliados de Jair Bolsonaro, que veem no ex-coach um possível concorrente para as eleições ao Senado em 2026.

Embora Marçal tenha afirmado a seus aliados que seu foco é o Executivo, o crescimento de sua popularidade levanta suspeitas de que ele possa se posicionar para uma das vagas no Senado.

Além disso, Marçal criticou o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmando que ele “não representa o anseio dos conservadores de São Paulo” e sugerindo que o partido rifou a candidatura de Ricardo Salles para apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital.

Apesar das tentativas de Marçal de apaziguar a situação, a ofensiva contra ele continua. Jair Bolsonaro compartilhou em grupos de apoio no Telegram vídeos de antigas críticas feitas por Marçal. Eduardo Bolsonaro também intensificou os ataques, chamando Marçal de “arregão” por ter desmarcado uma entrevista e reafirmando seu apoio a Ricardo Nunes, o candidato oficial do bolsonarismo em São Paulo.

Eleição ao Senado é prioridade de Bolsonaro em 2026

A eleição para o Senado em 2026 é uma das prioridades do PL e da base de apoio a Jair Bolsonaro. No pleito de 2022, a sigla do ex-presidente elegeu a maior bancada de senadores do País. Naquela eleição, a renovação era de um terço do Senado; na próxima votação, cada Estado elegerá dois novos senadores.

Eduardo Bolsonaro foi lançado como pré-candidato ao Senado por Valdemar Costa Neto em um evento em Campos do Jordão (SP) na semana passada. O outro candidato bolsonarista seria o atual secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), que conta com o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Como candidatos bolsonaristas já obtiveram bons resultados na eleição passada, o PL estima repetir o desempenho no pleito seguinte e aumentar ainda mais seus representantes na Casa, pois é no Senado que uma das pautas mais caras ao bolsonarismo pode avançar: o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Constituição, ministros do Supremo só podem ser afastados do cargo antes da aposentadoria compulsória mediante aval dos senadores. Diferentemente do impeachment contra presidentes da República, o processo que pode destituir um ministro do STF é iniciado pelo Senado – e não pela Câmara, como ocorre com os chefes do Executivo federal.

O quórum para a aprovação da medida, contudo, é alto, de um terço da Casa, o que equivale a 54 dos 81 senadores. O ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), já afirmou que, daqui a dois anos, o quórum de bolsonaristas no Senado pode atingir esse índice.

“Dá até para discutir se Lula, Bolsonaro ou Tarcísio vão ganhar (a eleição à Presidência), mas que a direita vai ter ampla maioria no Senado a partir de 2026, isso ninguém tem dúvida. Bolsonaro vai eleger em torno de 38 a 41 senadores, somado aos 15 que já são aliados a ele, imagina a força política de ter 54 senadores a partir de 2026?”, afirmou o parlamentar em entrevista ao portal UOL.

Segundo Ciro Nogueira, uma das pautas que pode avançar a partir da nova composição do Senado é uma anistia a Jair Bolsonaro, que, além de inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já foi indiciado no inquérito da fraude do cartão de vacina e no caso das joias.

Com informações do UOL e do Estadão.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/marcal-tenta-amenizar-criticas-do-cla-bolsonaro-e-defende-candidatura-de-eduardo-ao-senado-voce-sera-nosso-senador-irmao/