A Meta bloqueou contas do WhatsApp vinculadas a grupo de hackers afiliado à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. As contas se passavam por suporte técnico e miravam pessoas ligadas às administrações do presidente dos EUA, Joe Biden, e do ex-presidente Donald Trump.
Esse grupo de hackers é o mesmo por trás dos ataques recentes de phishing por e-mail que miravam pessoas conectadas a Trump, Biden e à vice-presidente Kamala Harris.
A derrubada das contas, anunciada pela Meta na sexta-feira (23), é o indício mais recente de tentativas do Irã de influenciar a eleição presidencial de 2024 dos Estados Unidos, marcada para novembro. Trump é o candidato pelo lado republicano, enquanto Kamala é a candidata pelo lado democrata.
Hackers do Irã tentaram enganar vítimas no WhatsApp, mas não conseguiram
Segundo a Meta, os hackers no WhatsApp fingiram ser suporte técnico da AOL, Google, Yahoo e Microsoft. Usando engenharia social, eles tentaram enganar as vítimas para revelar informações sensíveis, como senhas de contas. A empresa identificou os golpes após alguns dos alvos relatarem mensagens suspeitas.
A Meta informou que não viu evidências de que as contas do WhatsApp visadas tenham sido comprometidas. Mas acrescentou que compartilhou informações com as autoridades e outras empresas de tecnologia.
Ainda de acordo com o comunicado da big tech, os hackers também miraram “oficiais políticos e diplomáticos, empresários e outras figuras públicas” em Israel, Palestina, Irã e Reino Unido.
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Ataques do Irã às eleições nos EUA
O governo dos EUA disse, na segunda-feira (19), que o Irã tem tentado hackear as campanhas presidenciais tanto republicanas quanto democratas como parte dos esforços para moldar o resultado da votação marcada para novembro.
“Observamos atividades iranianas cada vez mais agressivas durante este ciclo eleitoral, especificamente envolvendo operações de influência visando o público americano e operações cibernéticas visando as campanhas presidenciais”, escreveram em declaração conjunta o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, o FBI e a agência federal de cibersegurança CISA.
A campanha de Trump atribuiu o vazamento de documentos internos para veículos de notícias ao Irã, o qual o FBI está investigando. A campanha de Harris diz que foi alertada pelo FBI em julho de que havia sido alvo de uma operação de influência estrangeira, mas não tem conhecimento de violação de segurança.
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