Em reunião com líderes da Câmara nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou “que não se meterá na escolha do sucessor de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara”, segundo afirmaram parlamentares ao fim do encontro. Entre os presentes estavam três dos cotados para o cargo: Elmar Nascimento (União-BA), Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). O deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), que também desponta como possível candidato, não foi.
A interlocutores, Lira afirmou a intenção de anunciar o nome escolhido para ser o seu representante na corrida pela sucessão da Câmara até o fim deste mês. O apoio do atual presidente da Câmara é considerado decisivo na disputa.
— O presidente reforçou que a escolha do sucessor de Lira cabe ao parlamento e que o vencedor, seja quem for, sentará com ele. Reafirmou que todos os nomes coloicados têm o apreço do governo e, por isto, não iria opinar sobre qualquer candidato ao posto — afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia (PB) disse na saída do encontro que o presidente reafirmou, por mais de uma vez, “que tem confiança que o parlamento fará a melhor decisão”.
Outro assunto tratado no encontro foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a execução de emendas parlamentares enquanto governo e Congresso não revissem algumas regras para dar mais transparência.
Na abertura do encontro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou acreditaR na “maturidade” dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para resolver o impasse.
O encontro reuniu 19 lideranças da Câmara no Palácio do Planalto para discutir a pauta do segundo semestre. Lira, que rompeu relações com Padilha no fim do ano passado, não compareceu.
— Nós acreditamos muito, presidente, que a maturidade desses líderes da Câmara, do Senado, os dois presidentes, com a orientação que o senhor deu para nós, ministros do Executivo, nós vamos construir uma boa saída para esse tema que está em debate junto ao Supremo Tribunal Federal.
Padilha ainda acrescentou que o objetivo é “construir a melhor solução negociada, valorizando o papel de cada parlamentar, porque os parlamentares conhecem muito a realidade local”.
— Então, acredito muito na maturidade, na capacidade desses líderes, que a gente possa concluir essa solução.
O ministro ainda lembrou que o governo tem até sexta-feira para encaminhar a Lei Orçamentária ao Congresso.
Com informações de O Globo
Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-diz-que-nao-se-metera-na-escolha-do-sucessor-de-lira-a-presidencia-da-camara-federal/
