20 de setembro de 2024
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O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, afirmou na noite desta segunda-feira (26) em entrevista à emissora GloboNews que vai facilitar a criação de 2 milhões de empregos na periferia da capital, ampliar a educação integral para crianças a partir de 6 anos, que a direita “não tem dono” e que em eleição “vale tudo”.

O empresário prometeu que, “em 1.460 dias” de mandato, se eleito, “nós, empresariado, porque governo não gera [empregos], tem que facilitar a geração, a gente gera 2 milhões de empregos. Quero criar um cinturão de 120 km de empresas, vou fazer convênio com o governo do estado”.

Questionado sobre educação, afirmou que irá expandir o ensino integral para todas as crianças com mais de 6 anos nos quatro anos de governo.

“Mais de 50% dos lares são liderados por mulheres, que não têm onde deixar os filhos”, afirmou. E seguiu: “A ampliação tem que ser progressiva. Nós vamos progredir nisso. ‘Ah, vamos resolver o problema da Cracolândia’. Não vai agora. É progressão, vou ter de cumprir o que falaram que iam fazer. [Teremos] 100% das crianças em tempo integral em quatro anos. Tem como porque progressão é enxugar a máquina, que precisa de eficiência. Se não, não consigo fazer isso. Reuniões serão como esta, serão transmitidas ao vivo.”

A respeito da direita brasileira, ele afirmou que ela “não está rachada” e também “não tem dono”. “Bolsonaro tem meu respeito”, afirmou, ao citar o ex-presidente como o principal líder do grupo político atual, a despeito de ele não apoiar sua candidatura. “Eu cheguei aqui sozinho, sem padrinho político, sem coligação política, sem dinheiro público e, agora, sem redes sociais”, disse.

“Na eleição, vale tudo”, comparando a campanha com uma “guerra”. Segundo Marçal, eles almoçaram juntos recentemente e o ex-presidente teria dito que “não tem como voltar atrás” na decisão do apoio em São Paulo. “Ele [Bolsonaro] vai falar de tudo para defender o candidato”, finalizou, sobre Ricardo Nunes (MDB), que é apoiado pelo ex-presidente.

Questionado sobre acusações ao presidente do seu partido de envolvimento com a facção criminosa PCC e o que tem feito para “limpar” a legenda, afirmou que não é presidente nem dono do partido, que entrou no partido “de última hora” e que todos têm direito à ampla defesa. “Tenho que partir disso, não vou condenar o cara [Leonardo Avalanche, presidente do PRTB]” e “não sou polícia”, ressaltou.

Avalanche foi flagrado em conversas com um membro da legenda dizendo ter ligações com o PCC e responde uma ação na Justiça Eleitoral na qual é acusado de coação, ameaça de morte, fraude e suborno.

“É constrangedor falarem que o partido é do PCC. Não tenho ligação nenhuma, zero”, afirmou. Disse que gostaria que acusados sejam afastados se forem culpados. “Se o partido fosse meu, estavam afastados até a apuração.”

Marçal negou que Avalanche ou indicados do PRTB façam parte de seu governo, caso se eleja em outubro: “Nas minhas empresas não trabalha parente nem competente, não quero ninguém assim, vou atrás de gente competente”.

Suspensão de perfis

Sobre a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a suspensão das redes sociais de Marçal após acusações de “monetização dos cortes”, o que desrespeitaria o equilíbrio da disputa eleitoral, segundo a sentença, o empresário se disse vítima de “censura prévia” e “injustiça”.

“Respeito a decisão do juiz porque estão lidando agora, pela primeira vez, com quem entende de rede social”, afirmou, completando que o magistrado deveria ter aplicado multa em vez de suspender perfis.

“Eu não pus [dinheiro nos cortes de vídeos distribuídos nas redes]”, assegurou. “Eu tenho que soltar conteúdo, não coloquei dinheiro nessa eleição.”

Marçal abriu nesta noite a série de entrevistas da GloboNews com os candidatos a prefeito da capital paulista no “Central das Eleições”. As sabatinas são conduzidas por Natuza Nery. Acontecem ao vivo, começam às 22h30 e têm 1h30 de duração.

Os comentaristas Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Andréia Sadi, Daniela Lima e Mônica Waldvogel fazem perguntas aos candidatos.

Com informações do g1.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/marcal-diz-que-direta-nao-tem-dono-e-que-em-eleicao-vale-tudo/