21 de setembro de 2024
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A 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu rejeitar uma ação penal contra o médico Renato Kalil, denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por lesão leve e violência psicológica durante o parto da influenciadora e empresária Shantal Verdelho, ocorrido em 2021.

Os ministros entenderam, nesta quinta-feira (27), que o ocorrido foi compatível com parto normal, segundo apontaram laudos médicos do processo.

A maioria da turma do STJ entendeu que não há indícios de imprudência ou negligência por parte do médico, que não se afastou da boa prática médica, dos princípios da ética e do cuidado.

Os ministros ressaltaram que Kalil respeitou a decisão da paciente de não fazer a episiotomia, incisão usada para ampliar o canal de parto.

“O STJ resgatou a Justiça e encerrou com o drama que vem afetando há muitos anos Renato Kalil”, disse Celso Vilardi, defesa do médico, à CNN.

Relatos de profissionais do Hospital São Luiz Itaim, na cidade de São Paulo (SP), foram considerados para concluir que o médico não ultrapassou os limites de autonomia médica ao realizar o parto normal de Shantal Verdelho.

À CNN, a defesa da mulher disse que vai recorrer da decisão.

O caso

A denúncia do MPSP, feita em 2022, pedia indenização de R$ 100 mil pelos supostos danos. Na época, um vídeo em que Kalil supostamente xingava a influenciadora durante o parto viralizou nas redes sociais, assim como um vídeo do procedimento. Em 2022, Renato Kalil admitiu que usou “palavras inadequadas” durante o parto que considerou difícil.

A denúncia havia sido rejeitada em primeiro grau, na 25ª Vara Criminal da Barra Funda. Em 2023, o Tribunal de Justiça de SP julgou procedente o recurso do MPSP.

O MPSP apontou o médico como responsável por danos emocionais, com uso de “constrangimento, humilhação, manipulação, ridicularização, causando prejuízo à sua saúde psicológica” da paciente. Kalil sempre negou qualquer violência obstétrica.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/stj-rejeita-acao-contra-renato-kalil-por-suposta-violencia-em-parto/