20 de setembro de 2024
Compartilhe:

O quarto debate para a Prefeitura de São Paulo, realizado na noite deste domingo pela TV Gazeta em parceria com o canal My News, começou com trocas de ofensas e apelidos agressivos entre os principais candidatos nas pesquisas. O encontro reuniu Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB).

O debate começou acirrado quando Pablo Marçal chamou Ricardo Nunes de “Bananinha” e Guilherme Boulos de “Boules”, em referência à alteração da letra do Hino Nacional em um comício de Boulos. Em resposta, Nunes apelidou Marçal de “Tchutchuca do PCC”, fazendo alusão a supostas ligações de aliados de Marçal com o crime organizado.

Marçal foi o primeiro a perguntar e escolheu Boulos como alvo, questionando o psolista sobre o uso de linguagem neutra na execução do Hino Nacional em sua campanha e insinuando o uso de substâncias alucinógenas por Boulos. Este, por sua vez, recusou-se a responder às provocações, afirmando que “não conversa com criminoso”, referindo-se às condenações de Marçal na Justiça.

Boulos também atacou Nunes e Marçal, chamando ambos de “bolsonaristas” e afirmando que para ser prefeito é necessário ter postura. O clima esquentou quando Boulos chamou Marçal de “bandido condenado”, ao que Marçal respondeu acusando o adversário de “institucionalizar a rachadinha” ao votar pela absolvição de André Janones no Conselho de Ética.

Ricardo Nunes, por sua vez, entrou no confronto acusando Marçal de envolvimento com o PCC e descrevendo-o como “Tchutchuca do PCC”. Marçal rebateu com ataques a Nunes, sugerindo que o prefeito tem um relacionamento próximo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas esconde isso da população. As acusações continuaram com menções a investigações da Polícia Federal sobre desvios em creches paulistanas, envolvendo a gestão de Nunes.

Durante o debate, Tabata Amaral e José Luiz Datena fizeram uma “dobradinha” contra Nunes ao discutirem sobre o combate ao crime organizado, sugerindo leniência da gestão do prefeito com a presença de milícias na Guarda Civil Metropolitana. Tabata também criticou Boulos, afirmando que ele e Nunes “se acovardaram” ao mencionarem as supostas ligações de Marçal com o crime organizado apenas após caírem nas pesquisas.

Na rodada de perguntas entre os candidatos, Boulos perguntou a Datena sobre suas propostas para a área da saúde. Datena focou na segurança, chamando Marçal de “bandidinho virtual” e sugerindo que o candidato do PRTB fugiu para os Estados Unidos para evitar a prisão.

O segundo bloco do debate foi dedicado a perguntas de jornalistas. Marçal foi questionado sobre sua declaração anterior de que para vencer uma eleição é preciso ser “um idiota”. Ele respondeu atacando a imprensa e afirmando que gosta de “baixaria”. Datena interveio, chamando Marçal de “fujão” e “ameaça à democracia”.

Ao longo do debate, Boulos criticou a privatização da Sabesp, conduzida pelo governo Tarcísio de Freitas, aliado de Nunes, enquanto o prefeito rebateu afirmando que Boulos é “despreparado” para assumir o cargo. Nunes também foi questionado sobre sinais dúbios de apoio do ex-presidente Bolsonaro a Marçal, mas minimizou qualquer desconforto.

O debate foi marcado por cinco blocos de discussões sobre temas como saúde, transporte, segurança e trabalho. As regras incluíam restrições aos movimentos e ao uso de objetos no palco, sob risco de advertência ou expulsão dos participantes.

Confira o vídeo:

Fonte: https://agendadopoder.com.br/bananinha-e-tchutchuca-do-pcc-debate-em-sao-paulo-tem-troca-de-ofensas-logo-no-inicio/