Um artigo muito bem elaborado, com bons argumentos e sem erros, é lido em um site. Porém, algo está incomodando. Há uma leve repetição no ritmo das frases, uma falta de sutilezas, um tom, por assim dizer, estranho. Pode ser que o texto tenha sido feito por inteligência artificial.
A produção de conteúdo com IA se popularizou nos últimos anos. Ferramentas como ChatGPT, Claude e outras são capazes de redigir textos em segundos. Nem sempre dá para perceber logo de cara, por isso cresce o interesse em métodos de identificação. Muitos editores, professores e profissionais de marketing passaram a usar recursos como o verificar se o texto foi escrito por IA, da Smodin, para confirmar suspeitas ou revisar conteúdos. Mas antes de confiar cegamente em uma ferramenta, é importante desenvolver um olhar crítico.
O que torna um texto artificial perceptível?
Os sinais não são sempre óbvios. Um conteúdo gerado por IA costuma ter coesão e fluidez. Mas, ironicamente, isso pode ser o problema. A fluidez parece mecânica demais. A IA organiza ideias de forma previsível, sem surpresas, sem desvios.
Padrões de repetição
IA é propensa a construir períodos com estrutura semelhante, em razão de seguir uma fórmula. Isto pode parecer elegante à primeira vista, no entanto logo fica evidente que esta própria formulação é repetida. Um exemplo: um artigo de opinião de autoria humana pode abrir com uma dúvida, seguir com um exemplo vivido e finalizar com uma referência exterior. A IA tende a deixar de lado a dúvida para então partir da explicação lógica, na forma de um bloco.
Ausência de subjetividade
Outro aspecto importante é o que queremos considerar como uma certa imperturbabilidade. A IA adapta-se pouco a uma posição. Evita por exemplo a excessiva emoção, ou a opinião que se desvia um pouco do consensual. Quando o tema exige posicionamento, como no caso da política ou da ética, e o texto se faz vacilante, é preciso questioná-lo.
A diferença entre erro humano e acerto automático
Erros são pistas. Um erro de digitação, uma escolha estranha de palavra, uma repetição por distração: tudo isso indica um autor real. Paradoxalmente, um texto impecável demais pode soar falso.
No entanto, nem todo erro é humano. Algumas ferramentas de IA exibem erros típicos, como utilizar termos que não são próprios ao contexto cultural ou repetir frases, empregando palavras sinônimas. E é preciso olhar e verificar o tipo de erro. É difícil que um estudante brasileiro utilize a expressão “por conseguinte” em uma redação informal. Caso apareça no texto, pode ser que tenha sido sugerida por um modelo de linguagem.
Detectores de IA: como funcionam e o que entregam
Elas analisam o texto em termos de padrões estatísticos. Elas não leem como uma pessoa, não analisam o conteúdo em si mesmas, mas avaliam a previsibilidade da linguagem- se um parágrafo tem baixa variação e um grau de repetição de estrutura elevado, é mais provável que ele tenha sido feito por IA.
O detector da Smodin, por exemplo, apresenta um relatório visual com porcentagem de probabilidade de texto artificial. O interessante é que ele destaca trechos suspeitos, o que facilita a revisão. Ele é rápido, acessível e funciona bem em português — o que nem sempre acontece com outras ferramentas.
Esses sistemas não são ferramentas judiciais. Um texto com 85% de probabilidade não deve ser descartado automaticamente. A recomendação é usar o resultado como indício, nunca como prova absoluta.
Quando confiar na sua leitura e quando usar a tecnologia
O olhar atento ainda é a ferramenta mais importante. Professores reconhecem padrões próprios de cada aluno. Editores percebem quando o texto destoa do estilo habitual de um colaborador. Leitores atentos sentem quando a voz do autor está ausente.
Situações que levantam suspeitas
Considere o seguinte: um aluno que normalmente faz uso de frases curtas e vocabulário simples envia uma redação a você em que se utiliza de estrutura acadêmica e um elevado formalismo. Antes de denunciá-lo, vale a pena trocar ideias com ele e pedir-lhe um relato oral do que escreveu ou os seus rascunhos anteriores. Em paralelo, usar um detector pode trazer mais clareza.
Em ambientes profissionais, o mesmo se aplica. Se o colaborador entrega um conteúdo muito diferente do esperado, vale verificar. Às vezes, foi apenas um dia de inspiração. Outras, pode ter havido uso de IA sem aviso.
O impacto da IA na escrita cotidiana
A popularização da IA muda o modo como escrevemos. Algumas pessoas usam a IA para revisar seus textos, outras para começar um rascunho. Isso não é, por si só, negativo. Mas quando o conteúdo é entregue como sendo 100% original e humano, entra em jogo a questão da transparência.
Identificar textos artificiais é parte de uma nova alfabetização digital. Não basta saber escrever: é preciso saber reconhecer diferentes estilos de produção. Isso vale para estudantes, jornalistas, criadores de conteúdo e leitores em geral.
Considerações finais
Aprender o que é um texto artificial não precisa seguir um manual rígido. O essencial é desenvolver sensibilidade para os detalhes. O leitor atento percebe o que as ferramentas não conseguem mostrar: falta de alma, repetições camufladas, ou o silêncio onde deveria existir emoção. As ferramentas como a da Smodin ajudam, mas não substituem a leitura crítica. Elas devem apoiar, e não substituir a interpretação do humano. Em um mundo cada vez mais automatizado, distinguir o que foi escrito com a intenção de comunicar e não de apenas executar uma tarefa pode passar a ser um diferencial. E talvez isso esteja por trás do que realmente torna um texto humano.
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Fonte: https://rd1.com.br/texto-humano-ou-ia-aprenda-a-identificar-conteudo-artificial/
