25 de novembro de 2024
Queda de avião: peritos usam 3 técnicas para identificação de
Compartilhe:

Cinco dias após a queda do avião da Voepass no condomínio Recanto Florido em Vinhedo, interior de São Paulo, as dificuldades seguem desafiando as autoridades que atuam nos desdobramentos do acidente que matou 58 passageiros e 4 tripulantes, totalizando 62 pessoas.

A tragédia aconteceu na última sexta-feira (9) por volta de 13h20. O voo 2283 da Voepass deixou Cascavel, no Paraná, e tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Desde então, as investigações sobre a queda do avião envolve órgãos da Forças Aérea Brasileira (FAB), além da Polícia Federal (PF) e Polícia Civil de São Paulo.

No domingo (11), após a remoção dos corpos, os motores e a cauda da aeronave foram levados para análise pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Já os trabalhos de remoção dos itens pessoais das vítimas, que deveriam ter ocorrido na segunda-feira (12), foram interrompidos. A Polícia Científica de São Paulo precisou ser acionada depois que novos materiais genéticos foram encontrados no meio dos destroços.

Os pertences só serão retirados quando não houver novos materiais genéticos.

De acordo com informações colhidas pela CNN, os próximos passos contam com as seguintes etapas:

  • Perícia (remoção de material genético)
  • Triagem dos itens pessoais
  • Remoção dos itens pela seguradora da Voepass
  • Remoção dos itens pela Polícia Civil
  • Retirada da fuselagem
  • Limpeza e higienização do local
  • Obras de reconstrução do local

Os trabalhos dos agentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi finalizado no local do acidente, quando partes da aeronave foram levadas junto as caixas pretas para serem periciadas em Brasília. O órgão vinculado com a Força Aerea Brasileira conta com uma agência francesa que ajuda a investigar queda do avião. Os trabalhos de perícia devem seguir por, no mínimo, mais 30 dias até que o Cenipa divulgue o Relatório Preliminar sobre o acidente.

Os objetos pessoais das vítimas serão catalogados e devolvidos aos familiares. Representantes da companhia aérea e da seguradora por ela contratada serão os responsáveis por recolher os objetos pessoais.  A remoção de malas e roupas também será realizada pela seguradora. A Voepass acionou seguradora para indenizar famílias das vítimas de acidente aéreo. A remoção de itens como celulares, por exemplo, deve ficar com a Polícia Civil, uma vez que pode apoiar as investigações.

Após os trabalhos e recolhimento de itens, a etapa de limpeza com a retirada da fuselagem e a limpeza do local serão responsabilidade da seguradora, que também deve apoiar na reconstrução do local.

Sobre a investigação

As investigações em andamento sobre o que causou o acidente no condomínio Recanto Florido em Vinhedo deve seguir 3 etapas, sendo: perícia, análise de dados e relatório final.

A investigação do Cenipa não tem caráter criminal ou punitivo. O relatório ajuda a prevenir novas ocorrências do tipo, promovendo avanços em protocolos aeronáuticos e, possivelmente, na fabricação das aeronaves.

De acordo com apuração junto a fontes ligadas à investigação, a PF deve avaliar também os dados extraídos pelo Cenipa. O papel da PF, neste caso, serve para periciar e apurar possíveis causas e crimes no acidente. A conclusão, entretanto, pode demorar meses.

A partir da avaliação da polícia que o inquérito policial pode se transformar em um processo legal, ou se ele será arquivado.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/apos-5-dias-trabalhos-no-local-da-queda-do-aviao-da-voepass-ainda-desafiam-autoridades-veja-o-que-falta-ser-feito/