O Rio Grande do Sul já tem mais de 800 casos suspeitos de leptospirose. As análises são feitas pelo Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS).
O órgão, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), acompanha o crescimento no número de ocorrências devido ao grande período de cheias e ao aumento da exposição à doença pela população.
Segundo dados atualizados até quinta-feira (23), já são 1.072 notificações e 54 casos confirmados de leptospirose no estado.
O Rio Grande do Sul já soma quatro mortes até o momento devido à doença. Os registros referem-se a dois homens, de 56 e 50 anos, moradores de Cachoeirinha e Porto Alegre, respectivamente.
Ainda há outros quatro óbitos em investigação por suspeita de morte pela doença, nas cidades em Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí.
Como é feita a análise
Para identificar a doença, o Lacen tem utilizado dois métodos: o de biologia molecular (RT-PCR) e o diagnóstico sorológico.
O RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é recomendado para amostras coletadas nos primeiros sete dias de sintomas.
Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.
A doença
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou lama em locais com enchente.
Em nota, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) informou que mantém monitoramento de algumas doenças e agravos de atenção em momentos de enchentes, conforme divulgado no balanço desta última quinta-feira (23).
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/apos-enchentes-rs-tem-mais-de-800-casos-suspeitos-de-leptospirose-em-analise/