24 de novembro de 2024
Também transmitida por mosquito, febre oropouche tem alta de casos
Compartilhe:

O número de casos de febre oropouche em Minas Gerais saltaram de 72 na primeira semana de junho para 147 na última semana de julho, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Isso representa um aumento de aproximadamente 105% do número de casos no estado mineiro em um período de 56 dias. As primeiras quatro amostras detectáveis foram identificadas em maio de 2024.

Até o momento, os casos confirmados concentram-se em sua grande maioria na região do Vale do Aço e são de amostras coletadas em período anterior a junho deste ano.

Cidades em Minas Gerais que concentram os casos:

  • 1 caso em Congonhas
  • 1 caso em Coroaci
  • 30 casos em Coronel Fabriciano
  • 1 caso em Gonzaga
  • 3 casos em Ipatinga
  • 96 casos em Joanésia
  • 15 casos em Timóteo

Além desses, foram confirmados três casos em Belo Horizonte de pessoas residentes no município de Botuvera, em Santa Catarina e já notificados ao estado.

Apenas neste ano, foram contabilizados mais de 7,2 mil casos da doença no Brasil, que registrou ainda duas mortes, as primeiras no mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi comunicada pelo governo brasileiro sobre as primeiras mortes no país pela febre durante uma reunião da Sala de Situação de Arbovirose do Ministério da Saúde.

O que é Febre oropouche?

A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por um mosquito. De acordo com o Ministério da Saúde, o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), causador da infecção, foi isolado pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

A nova linhagem do vírus responsável pela febre oropouche (OROV) pode estar ligada ao atual surto da doença, de acordo com uma pesquisa liderada por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Sintomas de febre oropouche

Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya e, por isso, as doenças podem ser confundidas. É o caso de:

  • Dor de cabeça;
  • Dor nas articulações;
  • Dor muscular;
  • Náusea e vômitos;
  • Diarreia.

Como é feito o diagnóstico?

Para diferenciar a febre oropouche de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, é preciso fazer o diagnóstico, que é clínico, epidemiológico e laboratorial.

Ou seja, são avaliados os sintomas, se houve contato com pessoas infectadas ou regiões que estão com surto, e a realização de exames laboratoriais para excluir a possibilidade de outras arboviroses.

*Sob supervisão

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/casos-de-febre-oropouche-em-mg-dobram-em-menos-de-2-meses-147-amostras-testaram-positivo/