22 de novembro de 2024
Contraventor envolvido na máfia dos cigarros é investigado por morte
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O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, é um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) nesta terça-feira (9) por conta de um possível envolvimento na morte de Rodrigo Marinho Crespo.

Crespo foi executado no Centro do Rio de Janeiro por um homem que desceu de um veículo e atirou diversas vezes contra o advogado.

Ao todo, a DHC cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a dez investigados de integrar a organização criminosa chefiada por Adilsinho, que atua na exploração de jogos ilegais, no comércio irregular de cigarros e que seria responsável também pela morte do advogado.

Além do contraventor, quatro policiais militares estariam ligados à execução de Marinho: dois do Batalhão de Duque de Caxias (15º BPM), um do de Belford Roxo (39º BPM) e um quarto que está cedido para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Durante a ação, que conta com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de componentes de arma de fogo. Um fuzil, uma carabina, três pistolas, munições, telefones, computadores, carregadores e R$ 47,5 mil foram apreendidos.

Numa primeira fase da investigação, três pessoas já haviam sido presas. Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondego de Souza foram, segundo a polícia, responsáveis pelo monitoramento à vítima antes da execução. Já o policial militar Leandro Machado Silva é acusado de ter alugado o veículo utilizado na vigilância.

O trio se encontrou antes e depois do crime, nos arredores do 15º BPM.

À CNN, a Polícia Militar informou que deu apoio à ação e colabora com as investigações.

Relembre o caso

O advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi morto no dia 26 de fevereiro na avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio. O crime foi cometido em plena luz do dia, a poucos metros de distância da sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do RJ.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o assassino, um quarto envolvido, desceu do banco de trás de um veículo e atirou várias vezes contra a vítima. O advogado foi atingido por cerca de 21 tiros principalmente na região do rosto.

O advogado atuava com assessoria jurídica a corretoras de bitcoins e outros criptoativos. Além disso, os profissionais do escritório também defendiam causas relacionadas ao Direito de Entretenimento e Jogos, como loterias estaduais, produtos de capitalização na modalidade filantropia e consultoria para implantação de operações relacionadas a jogos que possuem amparo legal, como corrida de cavalo e torneios de pôquer, por exemplo.

O advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto a tiros no dia 26 de fevereiro no Rio de Janeiro / Reprodução

Modo de atuação

De acordo com as investigações, dois veículos semelhantes — modelo Gol branco — foram usados no crime. O PM Leandro Machado, que já foi investigado e preso pela prática de homicídio e por integrar grupo paramilitar com atuação em Duque de Caxias, seria o responsável por coordenar toda a logística da ação.

Ele teria entregue um dos carros para Eduardo que, de acordo com os investigadores, seguiu o advogado de casa, na zona sul do Rio, até o local de trabalho dele, na última segunda-feira. Eduardo, então, ficou vigiando a movimentação até o início da tarde, quando cedeu o lugar a um veículo semelhante, com o executor do crime.
Eduardo também foi o responsável pela vigilância e monitoramento da vítima nos dias que antecederam o crime.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/contraventor-envolvido-na-mafia-dos-cigarros-e-investigado-por-morte-de-advogado-no-rio/