25 de setembro de 2024
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O governo do estado Pará anunciou a venda de créditos de carbono para a Coalizão Leaf no valor de US$ 180 milhões (cerca de R$ 980 milhões). É o primeiro acordo do tipo no Brasil.

A Coalizão Leaf reúne grandes empresas multinacionais e os governos da Noruega, do Reino Unido, dos EUA e da Coreia do Sul. O anúncio do acordo foi feito durante a semana do clima em Nova York.

Com a negociação de US$ 180 milhões, o Pará se torna o primeiro estado a obter financiamento da coalizão Leaf. Serão 12 milhões de créditos de alta integridade gerados por reduções no desmatamento entre 2023 e 2026. Cada crédito representa uma tonelada métrica de redução de emissões de carbono no valor de 15 dólares por tonelada.

Com a compra dos créditos, essas empresas e governos compensam as suas próprias emissões com a redução de emissões em outro lugar do planeta.

O governador do Pará, Helder Barbalho, afirma que levar os recursos para a população da floresta é uma obrigação. “É inovação a partir da valorização da floresta viva, crédito e oportunidade de acessar recursos a partir da redução do desmatamento, o que permite que o estado do Pará possa colher esse benefício garantindo recursos que estarão sendo levados para comunidades tradicionais, para povos indígenas, quilombolas, para a agricultura familiar, para extrativistas e, claro, também para apoiar o governo na continuidade nas ações de combate ao desmatamento, de valorização de um uso da terra sustentável com bioeconomia, o pagamento por serviços ambientais, com a concessão de restauro de florestas para que possamos replantar as áreas danificadas.”

O Governo do Pará calcula em 42% a redução nos alertas de desmatamento em 2024 na comparação com o ano passado com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estado, que tem um quarto da extensão da Amazônia brasileira, vai ser sede no ano que vem da Cop 30, o encontro de combate às mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/creditos-de-carbono-ajudam-comunidades-amazonicas-no-para/