20 de setembro de 2024
Compartilhe:

 

Rota do desmatamento em Humaitá, no Amazonas — Foto: Michael Dantas

Os alertas de desmatamento na Amazônia registraram uma queda de 41,7% no primeiro trimestre de 2024, resultando em uma perda de 491,8 km² de vegetação nativa, em comparação com 2023, quando a taxa foi de 844,6 km².

Os dados foram divulgados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nesta sexta-feira (5), abrangendo registros até 28 de março para a Amazônia e 29 de março para o Cerrado.

Olhando especificamente para o último mês, a taxa de desmatamento na Amazônia teve uma redução de 59%, passando de 356,1 km² em 2023 para 146,6 km² neste ano.

Vale destacar que, no início do ano, durante a temporada de chuvas no bioma, os números de desmate geralmente apresentam melhorias em relação ao restante do ano, devido às condições climáticas adversas que dificultam a atividade.

Vista aérea de área desmatada na amazônia mostra um quadrado composto por árvores derrubadas em meio à floresta densaÁrea desmatada na amazônia dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima –  Foto: Michael Dantas

Além disso, a cobertura de nuvens também afeta a captura de imagens pelos satélites que alimentam o sistema Deter. Em março, a cobertura de nuvens registrada pelo INPE foi de 30% na Amazônia.

O sistema Deter mapeia e emite alertas de desmatamento para orientar ações do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e outros órgãos de fiscalização. No entanto, esses resultados são considerados um aviso precoce e não representam os dados finais do desmatamento.

Os números finais são obtidos por meio de outro sistema do INPE, o Prodes, que é mais preciso e divulgado anualmente.

Em novembro, os números do Prodes revelaram que entre agosto de 2022 e julho de 2023, houve uma perda de 9.001 km² de floresta amazônica, representando uma queda de 22,3% em comparação com o período anterior.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/desmatamento-na-amazonia-teve-reducao-de-42-no-primeiro-trimestre-de-2024/