23 de novembro de 2024
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O governo do Rio Grande do Sul está mobilizado para construir “cidades provisórias” em quatro municípios do estado, que concentram mais de 65% da população atualmente desabrigada por conta das fortes enchentes que atingiram praticamente todo o território gaúcho.

O termo “cidades provisórias” é utilizado apenas para facilitar a compreensão de como irão funcionar os abrigos, pois as cidades têm outras funcionalidades além do morar como lazer, trabalho e estudo, diferente do que é proposto nessas estruturas provisórias.

A localização das instalações precisa ser próxima aos pontos de referência da população local, perto dos postos de trabalho e da vizinhança, para que não se perca o senso de comunidade local.

“É importante que o local respeite as necessidades de privacidade das pessoas. No primeiro momento, é aceitável, mas, conforme o tempo passa, a necessidade de um espaço reservado aumenta”, afirma Renato Lima, diretor do CENACID — Centro de Apoio Científico em Desastres e especialista-consultor da ONU para o tema desastres ambientais e naturais.

Cada país desenvolve sua estrutura segundo os recursos disponíveis e a infraestrutura local. Conforme Renato Lima, durante o terremoto do Haiti em 2010, abrigos em praças públicas chegaram a receber 50 mil pessoas em tendas comunitárias. Já em países como os Estados Unidos, os padrões são outros.

População busca ajuda durante o terremoto do Haiti em 2010 / Getty Images

As “cidades provisórias” serão equipadas com cômodos para as famílias, além de áreas comuns como banheiros com chuveiros, cozinhas, lavanderias e espaços dedicados para crianças e pets.

Geralmente, os países constroem abrigos aproveitando pontos com a estrutura necessária, como estádios de futebol e escolas. Em Porto Alegre, a área escolhida é o Porto Seco, localizado na Zona Norte da cidade.

Em Canoas, o local será o Centro Olímpico Municipal (COM); em São Leopoldo, o indicado é o Centro de Eventos; enquanto em Guaíba continua sendo definida a área mais apropriada.

“O padrão previsto pelo Rio Grande do Sul está conforme os padrões estabelecidos para desastres deste porte”, finaliza Lima. As instalações serão distribuídas nos municípios mais afetados: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/entenda-como-funcionam-as-cidades-provisorias-que-serao-instaladas-no-rs/