Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi –
Investigação da Polícia Federal revela detalhes de um planejamento que envolvia a execução de ministro do STF e a centralização do poder sob comando militar
Investigações da Polícia Federal revelam a gravidade da tentativa de golpe de Estado planejada em dezembro de 2022, que tinha como um de seus pilares a execução do ministro Alexandre de Moraes no dia 15 de dezembro. A operação clandestina, chamada “Copa 2022”, envolveu militares de elite e seria sucedida pela instalação de um “gabinete de crise” no dia seguinte, com o objetivo de centralizar o poder e implementar um regime autoritário.
O plano para o dia 15 de dezembro
Conforme os registros, a operação “Copa 2022” foi planejada com rigor militar e contava com a participação de ao menos seis militares especializados, utilizando codinomes como “Alemanha”, “Brasil” e “Japão” para ocultar suas identidades. O grupo utilizou técnicas avançadas de anonimização, como celulares descartáveis e linhas telefônicas registradas em nomes de terceiros, para evitar rastreamento.
O plano previa a prisão ou execução do ministro Alexandre de Moraes em Brasília, com base no monitoramento detalhado de seus deslocamentos. Mensagens trocadas no aplicativo Signal revelam que o grupo estava posicionado nas proximidades da residência funcional do ministro, localizada no final da Asa Sul, em Brasília. As comunicações indicam que o grupo aguardava ordens definitivas para realizar a ação.