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Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), administradora da ponte, aguarda aval das prefeituras para definir data de fechamento. Estrutura, tombada nacionalmente, sofre com corrosão e erosão
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) já aprovou o projeto de restauração da Ponte Metálica João Luís Ferreira, que conecta Teresina, no Piauí, a Timon, no Maranhão. A obra, executada pela Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), responsável pela administração da ponte, exigirá uma interdição total de três meses. A data para o fechamento ainda não foi definida, pois depende da formalização do “ciente” pelas prefeituras das duas cidades.
A ponte, construída em 1910 e tombada em nível nacional, apresenta danos severos, incluindo corrosão avançada em sua estrutura metálica e erosão nos pilares devido ao rio Parnaíba. Relatórios do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) e do IPHAN alertam para a urgência da intervenção, destacando falhas acumuladas pela falta de manutenção ao longo dos anos.
A ponte passou por várias interdições temporárias para reparos emergenciais. Durante o fechamento, motoristas foram orientados a usar rotas alternativas, como a Ponte Engenheiro Antônio Noronha (Ponte Nova) e a Ponte Presidente José Sarney (Ponte da Amizade), que ligam o Centro e a zona Sul de Teresina a Timon.
Próximos passos
Enquanto aguarda o posicionamento das prefeituras, a FTL prepara os detalhes operacionais para a interdição prolongada. A reforma, que incluirá reforço estrutural e tratamento anticorrosivo, visa garantir a segurança e preservar o patrimônio histórico. Novas interdições parciais podem ocorrer se riscos adicionais forem identificados.
Vejas as intervenções previstas na etapa 1 da obra:
– Laje do tabuleiro: recomposição das aberturas, fendas e substituição das placas de aço no tabuleiro rodoviário por graute com armadura
– Passarelas laterais: soldas e reparos pontuais nas chapas das passarelas laterais
– Juntas dos encontros: aplicação de juntas poliméricas nos encontros de ambos os lados
– Revestimento da laje de piso: fresagem da camada superficial e formação de superfície rugosa (melhoria de aderência)
– Via permanente: correção de bitola, alinhamento e nivelamento das duas filas de trilhos existentes no tabuleiro
