22 de novembro de 2024
Reinaldo01
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Foto: Reprodução

O empreendimento apresentado na FIEMA prevê produção diária de até 23,8 milhões de metros cúbicos de gás

O Terminal de Regaseificação de São Luís (TGNL) terá um papel crucial no fornecimento de gás no Brasil. Além de ser um ponto de importação de gás natural liquefeito (GNL), o terminal poderá futuramente apoiar a produção de gás no Maranhão e em outras regiões do país, impulsionando também a produção de hidrogênio verde no estado. A apresentação do projeto ocorreu nesta quinta-feira (24/10) na Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).

Thomaz Baker e Henrique Carneiro, representantes da Lyon Capital Partners, gestora de investimentos responsável pela implantação do terminal, conduziram a apresentação na FIEMA. O projeto passará por uma audiência pública no dia 10 de novembro e prevê a estocagem e conversão de GNL para sua forma gasosa, visando a distribuição no Maranhão. A expectativa é que a unidade entre em operação dentro de dois anos.

O gás natural, reconhecido como uma fonte de energia de transição, apresenta vantagens ambientais em relação a outros combustíveis. Segundo Baker, o GNL é 44% menos poluente que o carvão mineral e 27,5% menos poluente que outros combustíveis fósseis, como o óleo diesel. A produção diária estimada é de 23 milhões de metros cúbicos de gás, destinados principalmente ao setor industrial.

“Acreditamos que o gás natural proporcionará uma opção energética mais barata e menos poluente para as empresas do Maranhão, contribuindo para a redução das emissões de CO2. Durante a fase de construção, estimamos a criação de 1.200 empregos, com 200 a 300 vagas permanentes durante a operação”, explicou Baker, engenheiro da LC Terminais.

Inicialmente, o gás será importado de outros países. Entretanto, o projeto já considera a futura produção de gás no Maranhão e em outras regiões do Brasil, como a margem equatorial, o que pode aumentar significativamente o impacto do empreendimento. Além dos benefícios econômicos e ambientais, Baker ressaltou a possibilidade de adaptar a infraestrutura do terminal para o uso de hidrogênio verde, reforçando o compromisso com a transição energética.

O Terminal de Regaseificação será construído na Ilha da Razão, ao norte da Ilha de Tauá-Mirim, a 9 km da BR-135 e a 8 km da Estrada de Ferro Carajás (EFC), facilitando a distribuição de gás por todo o Brasil. O projeto inclui a construção de um píer “ilha” com uma Unidade Flutuante de Regaseificação (FSRU) permanentemente atracada, além de um gasoduto até a BR-135.

O presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, destacou o potencial do Maranhão para a produção e exportação de gás. “Este projeto representa a convergência do potencial energético e portuário do estado. Embora o foco atual seja a importação de gás, a infraestrutura poderá ser usada para exportação no futuro, caso a produção local se expanda, como previsto pelo governo”, afirmou.

Duailibe também ressaltou que a capacidade diária do terminal, de 23 milhões de metros cúbicos, é quase três vezes superior à produção atual em Santo Antônio dos Lopes, que atinge 8,5 milhões de metros cúbicos. O projeto deve impulsionar o desenvolvimento do setor energético, consolidando o Maranhão como um importante ator no mercado de gás natural.

O vice-presidente da FIEMA, Luiz Fernando Renner, destacou o potencial do projeto para a descarbonização da indústria no Maranhão. “Avaliamos de forma muito positiva o projeto do terminal de GNL em São Luís. Ele será fundamental para a geração de empregos e qualificação profissional, além de marcar um importante avanço para a indústria e a sustentabilidade no estado”, declarou.

Também participaram da reunião Raimundo Arruda, diretor regional do SENAI-MA, Fábio Nahuz, presidente do Sinduscon, o ex-governador José Reinaldo Tavares, secretário da SEDEPE, César Miranda, superintendente da FIEMA, Ted Lago, ex-presidente da EMAP, e outros convidados.

Com informações do portaloinformante.com.br